Com a retirada de Congonhas do programa de concessões, o governo pretende discutir a inclusão ou não de outros aeroportos na lista, informam fontes. É possível que seja retomado o plano de conceder Santos Dumont (RJ). E há, também, estudos para leiloar, em um só bloco, o terminal de Manaus e os aeroportos regionais do Amazonas.
A concessão do Santos Dumont havia sido proposta pelo Ministério dos Transportes em agosto. Porém a ideia acabou sendo derrotada pela área econômica, que preferia entregar Congonhas à iniciativa privada, assegurando mais receitas com a taxa de outorga.
As receitas com o leilão dos aeroportos na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) só deverão ingressar nos cofres públicos em 2019. Esse argumento convenceu a área econômica a abrir mão da concessão de Congonhas. O preço mínimo estimado para o aeroporto paulista era de R$ 6 bilhões.
Atualmente, há 13 aeroportos listados na carteira do PPI para serem concedidos. Na região Sudeste, estão Vitória e Macaé (RJ). Outro conjunto está em Mato Grosso: Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Garças. E um grande bloco no Nordeste: Recife, Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa, Campina Grande (PB), Aracaju e Maceió.
Os estudos econômicos, técnicos e ambientais necessários para o embasamento dessas concessões ainda serão contratados pelo governo. Segundo um técnico que participou de eventos nos quais o governo apresentou o programa de concessões no exterior, esses blocos de aeroportos despertaram bastante interesse dos investidores. Alguns dos prováveis interessados no negócio o consideraram, inclusive, mais interessantes do que o terminal de Congonhas. Isso porque o aeroporto paulista envolve riscos extras, pelo fato de estar localizado no Centro da capital de São Paulo.