Pesquisas feitas no exterior já têm mostrado como as árvores urbanas afetam a qualidade do ar. Um estudo da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, por exemplo, concluiu que prédios cobertos por plantas poderiam diminuir em até 30% a poluição de uma cidade.
Agora a bióloga Bruna Lara de Arantes mostra, em seu mestrado, defendido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), a relação entre arborização, material particulado e casos de câncer de pulmão em idosos em São Paulo.
O estudo aponta que a presença de árvores diminui a quantidade de material particulado no ar. Em consequência disso, foi observada também uma redução nos casos de doenças respiratórias. Para chegar a esse resultado, a pesquisadora cruzou dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da Faculdade de Medicina da USP, por meio de um convênio firmado com a professora Thaís Mauad e a médica Tiana Lopes.
"Nós escolhemos as estações de monitoramento do ar da Cetesb que estavam medindo material particulado em 2010", explica Bruna. O material particulado é um dos poluentes que mais afetam o homem e são um dos mais absorvidos pelas plantas.