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Política

- Publicada em 25 de Outubro de 2017 às 19:48

Projeto que mudaria memorial a Prestes é rejeitado

Inauguração está marcada para esta sexta-feira

Inauguração está marcada para esta sexta-feira


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Carlos Villela
A Câmara da Capital decidiu ontem, por 19 votos contrários e 13 favoráveis, rejeitar o projeto que modificava a nomenclatura e a temática do Memorial Luís Carlos Prestes, localizado na avenida Edvaldo Pereira Paiva, e que está com a inauguração marcada para este sábado. O projeto, de autoria do vereador Wambert Di Lorenzo (Pros), batizava o local de Museu da História e da Cultura do Povo Negro. Quando foi anunciado, no final de março deste ano, o projeto foi criticado pelo bisneto de Oscar Niemeyer e coautor da obra, Paulo Sérgio Niemeyer , e por pessoas ligadas ao movimento negro em Porto Alegre.
A Câmara da Capital decidiu ontem, por 19 votos contrários e 13 favoráveis, rejeitar o projeto que modificava a nomenclatura e a temática do Memorial Luís Carlos Prestes, localizado na avenida Edvaldo Pereira Paiva, e que está com a inauguração marcada para este sábado. O projeto, de autoria do vereador Wambert Di Lorenzo (Pros), batizava o local de Museu da História e da Cultura do Povo Negro. Quando foi anunciado, no final de março deste ano, o projeto foi criticado pelo bisneto de Oscar Niemeyer e coautor da obra, Paulo Sérgio Niemeyer , e por pessoas ligadas ao movimento negro em Porto Alegre.
Com a presença de pessoas contrárias e favoráveis ao projeto de Wambert nas galerias, os grupos se manifestavam durante as falas dos vereadores, o que levou o vereador Cassio Trogildo (PTB), presidente da casa, a pedir moderação. De acordo com Wambert, a homenagem a uma figura comunista, como Prestes, era um desrespeito aos mortos pelos governos do regime. "Stalin fez Hitler parecer um escoteiro", afirmou. O vereador Prof. Alex Fraga (PSOL), em sua defesa da manutenção do nome do memorial, fez uma analogia ao catolicismo, dizendo que ele é católico, mas que discorda de todas as mortes promovidas pela Igreja na Idade Média. O vereador foi bastante aplaudido pelos contrários ao projeto, e vaiado pelos manifestantes presentes que carregavam cartazes exigindo um monumento às "vítimas do comunismo".
O único partido que se dividiu na votação foi o PMDB, com Idenir Cecchim, Comandante Nádia e Mendes Ribeiro votando a favor do projeto; e André Carús, contrário. Valter Nagelstein, também do PMDB, não estava presente.
Segundo Edson Ferreira dos Santos, presidente do Instituto Olga Benário, o dia foi uma "vitória da democracia". Ele agradeceu aos que votaram pela derrubada do projeto e criticou o que chamou de "perseguição" a pessoas com a mesma ideologia de Prestes.
 
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