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Política

- Publicada em 24 de Outubro de 2017 às 19:37

Moro defende as prisões preventivas e as delações

Para Sérgio Moro, é necessário uma resposta contra os desvios

Para Sérgio Moro, é necessário uma resposta contra os desvios


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Ao rebater críticas contra o uso de delações premiadas e as prisões preventivas decretadas na Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro defendeu, nesta terça-feira, medidas duras para que as investigações contra corrupção avancem e que os crimes sejam interrompidos. De acordo com o juiz, a discussão não é sobre "a altura da minissaia", mas sobre estancar a corrupção sistêmica no País.
Ao rebater críticas contra o uso de delações premiadas e as prisões preventivas decretadas na Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro defendeu, nesta terça-feira, medidas duras para que as investigações contra corrupção avancem e que os crimes sejam interrompidos. De acordo com o juiz, a discussão não é sobre "a altura da minissaia", mas sobre estancar a corrupção sistêmica no País.
Segundo o magistrado, é preciso uma resposta institucional contra os desvios. Sem citá-lo nominalmente, ele lembrou o caso do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que está preso, após a Polícia Federal encontrar R$ 51 milhões em espécie de propinas num apartamento em Salvador ligado a Geddel.
"Se estudarmos, temos prática dele (Geddel) desde a década de 1990. Será que, se antes tivéssemos feito isso, não teríamos eliminado esse apartamento?", disse Moro, que emendou: "Não estou falando de altura de minissaia, mas de corrupção. Que isso tenha uma resposta institucional. Às vezes, é preciso ter instrumentos mais drásticos para interromper essas carreiras criminosas".
A declaração foi feita durante seminário, no jornal O Estado de S. Paulo, sobre o futuro da Lava Jato e o legado da Operação Mãos Limpas, que levou empresários e políticos à cadeia, na década de 1990, na Itália, evento que contou também com a participação do procurador Deltan Dallagnol.
Ao falar sobre o legado da Lava Jato e do clima de desesperança no País com a possibilidade de redução dos desvios, Moro disse que não se combate a corrupção com processos judiciais e defendeu reformas legislativas.
"A redução da impunidade pelo processo judicial não é suficiente. Os processos são muito difíceis. São necessárias reformas para reduzir a corrupção", disse o magistrado.
Ao justificar a necessidade de mudanças, Moro citou como exemplo a prática de indicações de cargos na Petrobras por pessoas que arrecadam recursos para os partidos. O magistrado disse que não se vê um movimento para alterar o loteamento na estatal.
O juiz da Lava Jato também diz esperar que o Supremo Tribunal Federal julgue com rigor os casos de réus na operação com foro privilegiado.
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