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Política

- Publicada em 17 de Outubro de 2017 às 17:13

Polêmica com o Planalto está superada, diz Maia

'Daqui para frente vou cumprir meu papel institucional', diz Rodrigo Maia

'Daqui para frente vou cumprir meu papel institucional', diz Rodrigo Maia


MARCOS CORRÊA/PR/JC
Dois dias após a instalação de novo capítulo da crise com o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que a polêmica está superada e até ajudou a garantir o andamento da denúncia na casa, favorecendo o presidente Michel Temer (PMDB).
Dois dias após a instalação de novo capítulo da crise com o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que a polêmica está superada e até ajudou a garantir o andamento da denúncia na casa, favorecendo o presidente Michel Temer (PMDB).
Maia afirmou que "nada afeta" sua relação com Temer e que apenas reagiu à declaração da defesa do presidente da República, que havia chamado "criminoso vazamento" a divulgação de vídeos da delação do operador financeiro Lúcio Funaro, cujo conteúdo foi publicado na sexta-feira passada.
O material havia sido disponibilizado no site da Câmara dos Deputados. Na delação, utilizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para embasar a segunda denúncia contra Michel Temer, Funaro implica o presidente e vários integrantes do PMDB, como os ministros da Secretaria-Geral, Moreira Franco (PMDB), e da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB).
Maia defendeu a publicação alegando que o conteúdo não estava sob sigilo e chamou o advogado de Temer, Eduardo Carnelós, de "incompetente" e "irresponsável".
"Reagi na altura que achei que era relevante para que ele (o advogado) entenda que há uma relação de respeito, de aliança com o presidente Michel Temer, mas, de nenhuma forma, podemos aceitar que uma frase infeliz e dura do advogado não tenha uma reação para defender a instituição e seus servidores", disse Maia.
O presidente da Câmara também minimizou declaração que deu à Folha de S.Paulo no domingo: "Depois de tudo que eu fiz, esta agressão não faz sentido. Daqui para frente, vou, exclusivamente, cumprir meu papel institucional, presidir a sessão (da denúncia da PGR)". Ontem, Maia disse que a postura correta para o presidente da Câmara é a de imparcialidade.
"A minha imparcialidade, de fato, não tem nada por trás dela, nenhum fato para ajudar ou atrapalhar o presidente Michel Temer", afirmou, salientando que inclusive ajudou Temer ontem de manhã, já que convocou duas sessões para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pudesse começar a sessão de debates.
"Já que a base não conseguiu colocar quórum de manhã até as 9h30min, essa sessão da CCJ já poderia ter ficado para o dia de amanhã (quarta-feira, 18)", disse o presidente da Câmara.
Com a realização dos debates, a votação na comissão pode ser realizada nesta quarta-feira, o que permite a apreciação da denúncia em plenário no próximo dia 25. O Planalto tem pressa em encerrar esta questão.
Maia também disse não ver problema no fato de Michel Temer ter encaminhado carta aos deputados na qual pede apoio contra a denúncia. "Muito melhor que seja assim do que de forma oculta", disse Maia.
O presidente da Câmara anunciou ainda que cancelou sua viagem oficial ao Chile nesta quarta-feira. Disse ter entendido que sua ausência no dia da votação da denúncia na CCJ poderia ser "mal interpretada".
No final da manhã de ontem, Maia recebeu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes comandará uma comissão de juristas que, ao longo dos próximos quatro meses, vai discutir propostas para modificar e endurecer a legislação que trata do tráfico de drogas e armas.
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