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Política

- Publicada em 10 de Outubro de 2017 às 13:31

Exército deve combater crimes cibernéticos nas próximas eleições

Ministro da defesa citou peso das redes sociais no contexto político

Ministro da defesa citou peso das redes sociais no contexto político


JOÃO MATTOS/JC
A Justiça Eleitoral e o Exército pretendem firmar um convênio para atuar em conjunto no combate aos crimes cibernéticos nas próximas eleições. O tema foi debatido nesta terça (10) em uma primeira reunião entre o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. 
A Justiça Eleitoral e o Exército pretendem firmar um convênio para atuar em conjunto no combate aos crimes cibernéticos nas próximas eleições. O tema foi debatido nesta terça (10) em uma primeira reunião entre o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. 
"Como a nova legislação vai jogar, nas próximas eleições, muito peso nas redes sociais, é fundamental contar com um comitê que se preocupe também com os crimes eleitorais cibernéticos", disse Jungmann antes da reunião. Segundo o ministro, o Exército é uma das instituições mais bem equipadas para atuar no combate a crimes eleitorais cibernéticos e por isso foi chamado pelo TSE.
"Vamos nos deparar com a nova legislação, temos esse novo modelo, o crowdfunding (financiamento coletivo), que temos que tomar todo o cuidado", disse Mendes. "Teremos que fazer o monitoramento quase que online (em tempo real) de todas as doações."
Além do campo virtual, o Exército deve intensificar sua atuação nas ruas. Uma das preocupações é com o que Jungmann disse ser uma tentativa do crime organizado em implantar um "Estado paralelo", em especial no Rio de Janeiro.
"No Rio é onde você tem mais bem acabado o Estado paralelo, o Estado criminoso, dominado pelo crime, com o controle do território. Que coloca criminosos e captura o Estado para exatamente levar adiante suas atividades criminosas", afirmou o ministro da Defesa.
Como exemplo, Mendes disse haver diversos casos em que traficantes de drogas impedem a entrada de candidatos nas comunidades em que atuam, além de financiarem seus próprios candidatos com recursos ilícitos, obrigando a população dessas áreas a elegê-los. Uma vez eleitas, essas pessoas atuam inclusive na indicação para cargos na área de Segurança Pública, completou Jungmann.
Com o fim das doações de empresas para as campanhas, o presidente do TSE voltou a expressar preocupação também com a "caça a CPFs", quando pessoas físicas são cooptadas a fazer doações em seu nome, mas usando dinheiro do crime organizado.
Segundo Mendes, a intenção é, a partir de agora, realizar reuniões semanais para discutir a segurança e o combate ao crime organizado nas eleições, incluindo a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e de outros ministros de Estado, como Sergio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Torquato Jardim (Justiça).
Folhapress
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