Procuradores da força-tarefa de Curitiba informaram, ontem, à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que as investigações da Lava Jato já resultaram em mais de 160 condenações de políticos, empresários, servidores públicos e lobistas, entre outros, envolvidos em desvios de dinheiro da Petrobras.
Os procuradores, entre eles o coordenador da força-tarefa Deltan Dallagnol, também informaram que as investigações garantiram a devolução de R$ 4 bilhões aos cofres públicos. Trata-se do maior volume de retorno aos cofres públicos de dinheiro desviado pela corrupção.
A Operação Lava Jato começou em abril de 2014, e não há prazo para ser concluída. Os procuradores informaram também que, só em Curitiba, já foram firmados mais de 150 acordos de delação.
Depois do encontro, Dallagnol e outros dois colegas, Paulo Roberto Galvão e Antônio Carlos Welter, teriam uma reunião com o coordenador do grupo de trabalho na Lava Jato em Brasília, José Alfredo de Paula, e outros investigadores, vinculados ao gabinete da procuradora-geral.
Seria uma reunião "operacional", ou seja, os procuradores de Curitiba e Brasília iriam tratar de casos concretos da Lava Jato que dependem de decisões conjuntas. Desde o início da operação, acordos de delação mais abrangentes são negociados com a participação de procuradores do Paraná e do Distrito Federal.