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Política

- Publicada em 08 de Outubro de 2017 às 02:41

Gaúchos votam em plebiscito para separar estados do Sul

A farmacêutica Marina votou em Porto Alegre pelo sim por achar que o Brasil é muito grande

A farmacêutica Marina votou em Porto Alegre pelo sim por achar que o Brasil é muito grande


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Atualizada às 10h30min de 8/10/2017.
Atualizada às 10h30min de 8/10/2017.
Chegou a ter fila em urna do Plebisul 2017 em Porto Alegre. A consulta informal sobre a proposta de separar os três estados do Sul do Brasil ocorreu neste sábado (7) em quase mil municípios da região, segundo o movimento O Sul é o Meu País. Até as 10h30mim deste domingo (8), o site do Plebisul indicava 242 mil votos computados de 960 das 2.107 urnas. O sim vencia com 95,7% dos votos, com 232 mil votos. 
O movimento buscava atrair 2 milhões de eleitores. É o segundo plebiscito em 12 meses. O primeiro foi em 1 de outubro de 2016, e o o sim venceu com 96% dos votos. A consulta não tem validade, pois não é registrada na Justiça Eleitoral e descumpre preceitos da Constituição brasileira.
Mesmo assim, a coordenação do movimento diz que a intenção é fomentar o debate da proposta. O maior argumento em prol da separação é que a região Sul gera riquezas que são depois distribuídas com desigualdades no retorno aos estados. Também há críticas sobre a representação política no Congresso Nacional.
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Esquina Democrática, tradicional ponto de protestos, teve urna. Foto: Marco Quintana/JC
Na Capital, foram quase 40 pontos de captação de votos feitos me cédulas simplórias, em papel com a pergunta sobre a separação. Além disso, o movimento coletou apoios a projetos de iniciativa popular a serem protocolados nas assembleias legislativas do Sul para convocação de plebiscitos oficiais. Constitucionalistas observam que este tipo de proposição não poderia tramitar por ferir a carta magna.    
"Chega de sustentar o resto do País. Nós aqui somos trabalhadores e sustentamos grande parte", diz Vera Lúcia Fasolo Pinto,que é funcionária pública aposentada. 
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Em urna instalada ao lado de supermercado, as pessoas fizeram fila. Foto: Patrícia Comunello/Especial/JC
A farmacêutica Marina Chiochetta votou pelo sim, depositando a cédula na urna que estava ao lado do supermercado Zaffari, na avenida Ipiranga, zona leste da Capital. Marina e o marido faziam caminhada e se dirigiam ao supermercado quando viram a mesa da consulta. "Votei pelo sim, pois o País é muito grande, e o Sul tem possibilidade de se desenvolversozinho", opinou Marina. "Mas Não sei se é possível, talvez eu nem viva para isso. Vai demorar mais uns 20 anos para que saia do papel", projeta a farmacêutica.   
No local, o voluntário Heraldo Valdez, funcionário aposentado da Polícia Civil, comandava a mesa de votação. As pessoas chegavam e preenchiam a folha com dados de nome, título de eleitoral e filiação. Valdez garante que mais de 300 pessoas haviam depositado sua crença na urna de papelão desde a manhã até as 17h. "A maioria é pelo sim", aposta o aposentado. Valdez conta que também ouviu xingamentos de quem passava.
"Disseram que éramos dementes, prepotentes. Teve um que falava um monte de coisas, mas eu estava atendendo e nem dava bola", citou o voluntário. Em todo o pleito informal, o movimento diz que são mais de 25 mil pessoas que apoiam as ações. "Somos transparentes, não estou aqui para ofender ninguém. Temos uma iniciativa e as pessoas votam sim ou não." 
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