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Política

- Publicada em 03 de Outubro de 2017 às 18:43

Frente do Banrisul quer ouvir presidente do banco

Coordenador da Frente, deputado estadual Zé Nunes, teme privatização

Coordenador da Frente, deputado estadual Zé Nunes, teme privatização


MARCELO BERTANI/AG ALRS/JC
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, deputado estadual Zé Nunes (PT), quer ouvir o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras Mottas, sobre o suposto fechamento de agências do banco fora do Estado e a transformação de agências locais em salas de autoatendimento.
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, deputado estadual Zé Nunes (PT), quer ouvir o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras Mottas, sobre o suposto fechamento de agências do banco fora do Estado e a transformação de agências locais em salas de autoatendimento.
Nunes protocolou ontem - nas comissões de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo; e de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa - o pedido para convidar o presidente do Banrisul a prestar esclarecimentos. As comissões devem avaliar o requerimento ainda nesta semana.
Segundo a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi), o governo já tem inclusive um calendário de extinção de unidades do Banrisul: a do Recife deve encerrar suas atividades em 15 de dezembro; a de Salvador, em 15 de janeiro de 2018; a de Fortaleza, em 15 de fevereiro de 2018; a de Belo Horizonte, em 9 de março de 2018. A Fetrafi alerta ainda para a fusão das agências de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina em uma única agência.
"A sociedade deve ser informada sobre as decisões que dizem respeito ao banco mais presente na vida dos gaúchos e gaúchas, com agências ou postos de atendimento em 98,5% dos municípios do Rio Grande do Sul, sendo que, em 96 deles, é a única instituição financeira disponível", criticou o petista - acrescentando que uma decisão como esta deveria ser discutida com os sindicatos dos bancários.
Na avaliação de Nunes, o encerramento das agências indica um processo de desmantelamento do banco gaúcho - com o objetivo de criar um ambiente para a privatização ou federalização do Banrisul ou de seus dividendos. O ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) - defendido pelo governo de José Ivo Sartori (PMDB) - exige que o Estado privatize ou federalize entidades do setor financeiro, energético e de saneamento.
No início do ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, chegou a sinalizar o interesse do governo federal em colocar à venda o banco, como uma das contrapartidas do RRF. Apesar disso, o Palácio Piratini nega a intenção de se desfazer do Banrisul. A frente conta com o apoio não só de entidades que representam os servidores do Banrisul, mas também de 24 deputados - inclusive membros da base aliada ao governo Sartori.
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