Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 02 de Outubro de 2017 às 14:00

Candidatura de Ciro é 'irreversível, imutável e imexível', diz presidente do PDT

Em março, Ciro (foto) afirmou que não tinha vontade de ser candidato contra o ex-presidente Lula

Em março, Ciro (foto) afirmou que não tinha vontade de ser candidato contra o ex-presidente Lula


ROOSEWELT PINHEIRO/ABR/ARQUIVO/JC
Presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi vê com bons olhos o resultado da pesquisa Datafolha de intenções de voto para as eleições 2018, divulgada no fim de semana. O partido vai lançar Ciro Gomes, ex-governador do Ceará. Ainda que concorra com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado de longa data da legenda, é uma candidatura "irreversível, imutável e imexível", diz Lupi.
Presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi vê com bons olhos o resultado da pesquisa Datafolha de intenções de voto para as eleições 2018, divulgada no fim de semana. O partido vai lançar Ciro Gomes, ex-governador do Ceará. Ainda que concorra com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado de longa data da legenda, é uma candidatura "irreversível, imutável e imexível", diz Lupi.
"Quando você tira o Lula da disputa, que é o mais provável que ocorra, você tem o Ciro com dez pontos. Para quem está fora de uma campanha presidencial desde 2002, ele tem um bom rescaldo", afirma o dirigente, que comandou a pasta do Trabalho e Emprego nos governos Lula e Dilma.
Lupi tem a "opinião pessoal" de que a candidatura de Lula é "pouco provável" -opinião que já tinha defendido em entrevista à reportagem, em janeiro. Em março, Ciro afirmou que não tinha vontade de ser candidato concorrendo com Lula. "Não estou analisando o processo, mas ele (Lula) sofre um verdadeiro massacre. Na minha opinião, é uma perseguição, que pode ter base de fundamento, mas chega a ser ridículo", afirma o presidente do PDT.
O ex-ministro compara o caso do petista -que, em investigação em curso na Lava Jato, é investigado pelos aluguéis de uma cobertura avaliada em R$ 504 mil em São Bernardo do Campo- ao do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), aliado de Michel Temer. "Isso de R$ 51 milhões do Geddel, os R$ 500 mil do Lula podia ser juizado de pequenas causas", comenta Lupi.
Ciro fechou o segundo turno, em 2002, em quarto lugar, com 11,9% dos votos. Ficou atrás de Anthony Garotinho, ex-governador do Rio, e de José Serra e Lula, que disputaram o segundo turno. A possibilidade de o cearense ser o nome à esquerda que vai se beneficiar da ausência de Lula em 2018 ainda não é clara, analisam os diretores do Datafolha.
Com o petista fora do pleito, a taxa de entrevistados que preferem votar em branco ou nulo cresce em até dez pontos percentuais. Marina Silva (Rede) é, por ora, a candidata que herda parte importante dos eleitores do petista: cerca de um terço.
Para Lupi, Ciro terá o papel de "representar um debate político mais autêntico". Sua presença na campanha, aposta, fará Doria (PSDB) "assumir posição, se vai fazer um governo factoide ou efetivo". E o deputado federal Jair Bolsonaro (hoje no PSC, prestes a migrar para o PEN) abrir o jogo sobre sua defesa do militarismo no governo.
"Sem nenhum demérito das Forças Armadas, o papel dela constitucional é guardar nossas fronteiras", diz o dirigente do PDT. A um ano da eleição, Lupi já definiu a maioria das suas alianças estaduais pelo país, onde Ciro Gomes terá palanque. Quando não lançarem candidatos próprios a governador, os pedetistas já compuseram suas chapas com nomes para vice-governador e para senador.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO