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Opinião

- Publicada em 31 de Outubro de 2017 às 16:38

O preocupante aumento da violência em todo o País

O Brasil registrou 61.619 casos de homicídios documentados em 2016, maior número da história, média de sete pessoas mortas a cada hora. O número de latrocínios, matar para roubar, também subiu demais no ano passado. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O Brasil registrou 61.619 casos de homicídios documentados em 2016, maior número da história, média de sete pessoas mortas a cada hora. O número de latrocínios, matar para roubar, também subiu demais no ano passado. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Isso representa um aumento de 3,8% em relação ao ano anterior, chegando a uma média de 29,9 mortes por 100 mil habitantes. Os percentuais mais elevados foram registrados em Sergipe, com 64 mortes para cada 100 mil habitantes, Rio Grande do Norte, com 56,9 para 100 mil habitantes, e Alagoas, com 55,9 mortes para os mesmos 100 mil habitantes.
Nas capitais brasileiras, foram registradas 14.557 mortes violentas intencionais, que incluem homicídios dolosos, latrocínios, lesão corporal seguida de morte, morte de policiais e letalidade policial.
Os maiores índices são os de Aracaju, com 66,7, Belém do Pará, com 64, e, tristemente, Porto Alegre, que registrou 64,1. Levando-se em conta o número de latrocínios em relação à população, o estado mais violento é o Pará, com 2,6 ocorrências por 100 mil habitantes, seguido de Goiás, Amapá, Amazonas e Sergipe.
É elementar que mais policiamento, julgamentos com punições e presídios ajudarão no combate à criminalidade. Porém, mesmo que alguns reduzam a essas ações a diminuição da criminalidade, a maioria dos especialistas afirma que vai mais além.
Neste quesito, atualizar os códigos penais é por demais importante. O prende e solta da atualidade é muito criticado pela maioria da população, seja a porto-alegrense, a gaúcha ou a nacional.
Colocar todas as crianças do País nas escolas, dar ocupação honesta, emprego, trabalho para adultos e uma moradia digna também ajudariam, e muito, na queda dos terríveis números divulgados.
Claro que sempre haverá crimes, mas não na intensidade com que nos deparamos. Educação, incluindo nela o esporte, é a porta de entrada e de saída para formar cidadãos e cidadãs cônscios de seus deveres e direitos em uma sociedade plural e democrática, regida sob o império da lei.
Evidentemente que apenas a educação não evitará desvios de conduta, como os descalabros financeiros em administrações públicas, com a participação deslavada de particulares, como temos presenciado desde alguns anos. Na sequência das medidas, acabar com o foro privilegiado, que privilegia uma ínfima parcela dos brasileiros.
Enquanto não resolve o problema, o turismo no Rio de Janeiro perdeu R$ 657 milhões por causa da criminalidade entre janeiro e agosto de 2017, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Entre 2015 e 2016, 1.066.674 veículos foram roubados ou furtados no Brasil, uma média de uma ocorrência por minuto. Isso é intolerável, no rastro do crescente e milionário tráfico de drogas, alimentado por pessoas, algumas, acima de qualquer suspeita, integradas que estão ao melhor estrato social.
Também mais do que lamentável, foi divulgado que assassinatos de mulheres foram a 4.657, o que significa, em média, que uma mulher é morta a cada duas horas. Entretanto apenas 533 casos foram registrados como feminicídio. Os estupros aumentaram 3,5%, chegando a 49.497 registros em 2016. Mas não há solução mágica.
Somente políticas de médio e longo prazo, como citado, em outras áreas além de mais policiamento, prisões e mudanças nos códigos penais, tornando-os mais rígidos e sem tantos recursos e filigranas jurídicas, farão cair os números da criminalidade.
 
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