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Internacional

- Publicada em 04 de Outubro de 2017 às 15:01

Parlamento catalão debaterá independência

Puigdemont chamou o Estado de 'autoritário' por uso da violência

Puigdemont chamou o Estado de 'autoritário' por uso da violência


/LLUIS GENE/AFP/JC
Forças separatistas catalãs convocaram para a próxima segunda-feira uma sessão parlamentar para discutir os resultados do plebiscito de domingo, possivelmente culminando em uma declaração unilateral de independência. O governo espanhol não vai reconhecer essa declaração, assim como a União Europeia (UE) ou outros grandes atores globais, levando a uma situação de incerteza.
Forças separatistas catalãs convocaram para a próxima segunda-feira uma sessão parlamentar para discutir os resultados do plebiscito de domingo, possivelmente culminando em uma declaração unilateral de independência. O governo espanhol não vai reconhecer essa declaração, assim como a União Europeia (UE) ou outros grandes atores globais, levando a uma situação de incerteza.
A sessão foi articulada pela aliança Juntos pelo Sim e pela Candidatura de Unidade Popular (CUP). Unidos, ambos têm 72 dos 135 assentos do Parlamento catalão.
O presidente catalão, Carles Puigdemont, da Juntos pelo Sim, participará da sessão. No início desta semana, ele afirmou que vai "declarar a independência". Em entrevista publicada ontem pelo jornal alemão Bild, Puigdemont tacha a Espanha de "Estado autoritário" por ter usado a "violência contra pessoas pacíficas que só queriam votar na consulta" pela independência, declarada inconstitucional pelo Tribunal Constitucional do país.
A Catalunha é uma região espanhola já com alguma independência, incluindo seu próprio Parlamento e uma polícia regional, os chamados Mossos d'Esquadra. Nos últimos anos, sucessivas vitórias políticas de partidos separatistas deram fôlego ao movimento nacionalista, que tem mobilizado a população em torno da ideia de um Estado próprio.
Os catalães votaram no dia 1 em um plebiscito separatista, em que 90% deles escolheram o "sim". Só 42% da população votou, o equivalente a 2,2 milhões de pessoas.
O governo central espanhol, sediado em Madri, considerou o plebiscito ilegal, assim como uma eventual declaração de independência. Não há nenhuma possibilidade de que a ruptura seja aceita pelo Estado.
A baixa participação no plebiscito - causada em parte pela ação policial espanhola, que deixou quase 900 feridos - será um dos argumentos para desqualificar a declaração de separação. A lei espanhola, ademais, não reconhece esse tipo de consulta. Só estão previstos plebiscitos consultivos, ou seja, não vinculantes. O voto, nesse caso, precisaria ser feito em todo o território.
O governo de Madri, chefiado pelo conservador Partido Popular do premiê Mariano Rajoy, conta com o apoio das principais forças políticas do país para evitar a separação da Catalunha. O partido de centro-direita Cidadãos, por exemplo, vem insistindo nas últimas semanas em que o Estado acione o Artigo 155, que pode revogar temporariamente a autonomia catalã e impor eleições antecipadas na região.
 
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