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- Publicada em 30 de Outubro de 2017 às 22:34

Brasil registra maior índice de homicídios da história

Suzy Scarton
Considerando a crise em que se encontra a segurança pública no País, os dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, não espantam. De acordo com o levantamento, a cada hora, sete pessoas morreram assassinadas no Brasil em 2016. Ao todo, foram 61.619 mortes violentas intencionais no ano passado - um crescimento de 3,8% em relação a 2015 -, o maior número já registrado pelo anuário, que só encontra similaridade na comparação com grandes tragédias, como a explosão da bomba atômica que devastou Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.
Considerando a crise em que se encontra a segurança pública no País, os dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, não espantam. De acordo com o levantamento, a cada hora, sete pessoas morreram assassinadas no Brasil em 2016. Ao todo, foram 61.619 mortes violentas intencionais no ano passado - um crescimento de 3,8% em relação a 2015 -, o maior número já registrado pelo anuário, que só encontra similaridade na comparação com grandes tragédias, como a explosão da bomba atômica que devastou Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.
No Rio Grande do Sul, foram 3.260 homicídios dolosos, quantidade superada por Bahia (o estado campeão, com 6.328), Rio de Janeiro (5.042), Pernambuco (4.276), Minas Gerais (4.201), São Paulo (3.674), Pará (3.650) e Ceará (3.334). O número torna o Estado, portanto, o oitavo mais perigoso do Brasil. Além disso, houve 233 latrocínios no período, atrás apenas de Rio de Janeiro (239 casos) e São Paulo (361). Foram, ao total, 3.518 mortes violentas intencionais em 2016, uma taxa de 31,2% a cada 100 mil habitantes. As mortes violentas intencionais abrangem a soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e óbitos decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora dele.
As piores taxas de mortes violentas intencionais são as de Sergipe, com 64 mortes a cada 100 mil habitantes (1.449 vítimas, em números absolutos), Rio Grande do Norte, com 56,9 (e 1.976 vítimas), e Alagoas, com 55,9 e 1.877 vítimas. A taxa do Rio Grande do Sul é de 28,9 a cada 100 mil habitantes, um total de 3.518 vítimas. Além disso, no total, 2.703 pessoas foram vítimas de latrocínio, o que representa um crescimento de 50% entre 2010 e 2016.
O que mais chamou atenção é que o Estado se tornou o segundo com mais ocorrências de homicídios múltiplos (três ou mais vítimas), as chacinas. Em 2016, houve 26 ocorrências do tipo no Rio Grande do Sul, com 90 vítimas. O total é inferior apenas ao do Rio de Janeiro, onde 136 pessoas morreram em 41 chacinas. 
Entre as capitais, Porto Alegre é a terceira mais violenta, com uma taxa de 61,3 homicídios a cada 100 mil habitantes (908 vítimas). Em 2015, a taxa foi de 50,4 (744 vítimas), o que representa um aumento de 21,7%. A cidade fica atrás de Aracaju, com taxa de 64,5 (414 mortes), e Belém, cuja taxa foi de 60,7 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2016 (878). 
As mortes causadas por policiais subiram 25,8% no Brasil em relação a 2015. De acordo com o anuário, foram registrados 4,2 mil homicídios por policiais militares e civis no ano passado. Entre 2009 e 2016, chega a 21,9 mil o número de pessoas que perderam a vida por ação de agentes dessas corporações.
 
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