Após três anos, Hospital da Restinga não opera totalmente

Inaugurado em julho de 2014, o Hospital Restinga e Extremo-Sul, na Zona Sul da Capital, ainda não alcançou o pleno funcionamento. Isso porque o Bloco Cirúrgico e a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) seguem fechados, sem previsão de abertura, devido à falta de recursos. Outra promessa, a ampliação do Centro de Especialidades, também não foi cumprida.

O hospital é operado em um sistema tripartite, que envolve o Ministério da Saúde, a prefeitura de Porto Alegre e o Hospital Moinhos de Vento (HMV). De acordo com o superintendente executivo do HMV, Mohamed Parrini, nos últimos seis anos, mais de R$ 150 milhões foram investidos, por parte do hospital, na operação do estabelecimento na Restinga. No entanto, não há previsão para que os serviços sejam inaugurados. "Estamos negociando como fazer isso, é do nosso interesse e da população, mas temos de fazer de forma bem-feita. Estamos discutindo com responsabilidade", explica.

A prefeitura de Porto Alegre foi evasiva. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que "não tinha mais informações sobre o assunto".

Em julho de 2015, o então prefeito José Fortunati anunciou um investimento de R$ 23 milhões na compra de equipamentos. Disponibilizados entre 2015 e 2016, os recursos fariam com que fosse possível abrir o bloco cirúrgico, o centro obstétrico, a UTI e alguns leitos de internação. Já o Centro de Especialidades do hospital foi oficialmente entregue em dezembro de 2015, com capacidade total para 12 mil atendimentos - somente mil estão sendo realizados hoje.