Os contratos futuros de petróleo oscilam perto da estabilidade na manhã desta terça-feira (31), mas se mantêm próximos das máximas em vários meses, diante da expectativa de que os cortes feitos por grandes produtores vigorem por mais tempo.
Às 8h47min (de Brasília), o petróleo WTI para dezembro caía 0,20%, a US$ 54,04 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro recuava 0,10%, a US$ 60,53 o barril, na ICE.
Os preços da commodity ganharam impulso neste mês, com o Brent em alta de cerca de 8% nas últimas quatro semanas, até atingir a máxima em dois anos na segunda-feira, apoiado pelas crescentes declarações de integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros produtores, entre eles a Rússia, em defesa de que o acordo em vigor para reduzir a oferta vá além do prazo previsto de março de 2018.
Economista de commodities da Capital Economics, Tom Pugh afirmou que o mais recente impulso para cima nos contratos foi motivado pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, feito no fim de semana, para estender o acordo da Opep para cortar a oferta em acordo com a Rússia até o fim de 2018.
"O novo cenário básico é que eles irão prosseguir com os cortes atuais até o fim do próximo ano", disse Pugh. O analista acrescenta que, caso isso não se confirme, deve haver um recuo nos preços.
A Opep deve se reunir em 30 de novembro para discutir os cortes na produção implementados em janeiro em uma tentativa de acelerar o recuo nos estoques globais, após mais de três anos de excesso de oferta. Alguns analistas advertem que, mesmo se a reunião confirmar a extensão dos cortes, o mercado pode recuar. Nesse caso, o analista Tamas Varga, da corretora PVM, aponta que operadores podem decidir que será o momento certo para realizar lucros, após as altas recentes.