Bolsas da Ásia sobem majoritariamente com fatores locais, à espera de Fed e BoE

As bolsas asiáticas encerraram a terça-feira (31) majoritariamente em alta, influenciadas por fatores locais e à espera de decisões de políticas monetárias nos EUA e Reino Unido nesta semana.

Na China, o dia foi de recuperação, em meio à estabilização do mercado de bônus, que ontem havia sofrido uma nova onda de liquidação, e a volta de rumores sobre a possível construção em Xangai de um porto destinado ao livre comércio. O Xangai Composto, principal índice acionário do país, subiu 0,09%, a 3.393,34 pontos, terminando o mês com ganho de 1,3%, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,69%, a 2.202,28 pontos.

Como resultado, ficaram em segundo plano dados oficiais mostrando que a atividade nos setores industrial e de serviços da China se expandiram em ritmo mais fraco neste mês. O chamado índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria chinesa caiu de 52,4 em setembro para 51,6 em outubro e o PMI de serviços diminuiu de 55,4 para 54,3 no mesmo período.

Em Tóquio, o índice Nikkei ficou estável hoje, a 22.011,61 pontos, apagando perdas que chegaram a 0,8% durante o pregão, depois que o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) decidiu durante a madrugada manter seus estímulos monetários inalterados. Em outubro, o mercado japonês acumulou valorização de 8,1%, o maior entre os principais mercados da Ásia.

Após o BoJ, investidores da região asiática ficarão atentos a anúncios de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e do Banco da Inglaterra (BoE). Espera-se que o Fed mantenha sua política amanhã, mas prepare o terreno para uma nova elevação de juros em dezembro. Já o BC inglês poderá aumentar sua taxa básica pela primeira vez em mais de uma década na quinta-feira.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi subiu 0,86% em Seul, ao novo recorde histórico de 2.523,43 pontos, graças em parte às ações da Samsung (+1,9%) e Hyundai (+3,2%), enquanto o Taiex avançou 0,34%, a 10.793,80 pontos, alcançando seu maior nível em 27 anos, mas o Hang Seng foi exceção e caiu 0,32% em Hong Kong, a 28.245,54 pontos.

Na Oceania, a bolsa da Austrália voltou para o vermelho, pressionada por ações de mineradoras e de grandes bancos domésticos. O S&P/ASX 200 recuou 0,17% em Sydney, a 5.909,00 pontos. Por outro lado, o índice australiano subiu 4% em outubro, garantindo seu primeiro ganho nos últimos seis meses.