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Energia

- Publicada em 30 de Outubro de 2017 às 22:27

Térmicas mais caras farão frente à crise

Diante da falta de chuvas, situação dos reservatórios é considerada crítica; monitoramento será semanal

Diante da falta de chuvas, situação dos reservatórios é considerada crítica; monitoramento será semanal


/YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, admitiu que o uso de térmicas mais caras para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas "está sendo cogitado". O governo vem relutando em adotar o modelo de despacho fora da ordem de mérito - o que permite ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) mandar ligar térmicas do topo da lista de preços - para evitar novos aumentos na conta de luz.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, admitiu que o uso de térmicas mais caras para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas "está sendo cogitado". O governo vem relutando em adotar o modelo de despacho fora da ordem de mérito - o que permite ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) mandar ligar térmicas do topo da lista de preços - para evitar novos aumentos na conta de luz.
A situação dos reservatórios, porém, é considerada preocupante, diante da falta de chuvas. Para monitorar mais de perto a questão, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) está realizando reuniões semanais. "Está sendo cogitado, mas ainda não está decidido", disse Coelho Filho. Ele disse, porém, que "tem sinais de que alguma chuva pode vir", o que pode influir na decisão.
Devido ao baixo nível dos reservatórios, o governo já vem acionando térmicas a gás natural, com reflexos nas tarifas: neste mês, a tarifa nível 2 da bandeira vermelha cobrada na conta de luz subiu de R$ 3,50 para R$ 5,00 por cada 100 quilowatts-hora consumidos.
O ministro disse ainda que o governo negocia para encontrar gás para três térmicas que estão paradas por falta de combustível. Uma delas é do grupo J&F e teve o fornecimento cortado pela Petrobras após a delação premiada dos controladores da JBS.
Segundo ele, há discussões entre as partes envolvidas para a busca de uma solução. "Essas térmicas são muito importantes para o sistema", afirmou Coelho Filho.
 

Modelo de privatização da Eletrobras será finalizado nesta semana

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, pretende enviar, ainda nesta semana, à Casa Civil a proposta de modelagem de privatização da Eletrobras, após despacho com o presidente Michel Temer. O ministro aguarda o retorno do presidente a Brasília, após este passar por cirurgia no aparelho urinário, para apresentar a versão atual. O ministro participou ontem de encontro com participantes do seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
"O texto já está bastante adiantado entre as equipes técnicas da Fazenda, Planejamento, e Minas e Energia", indicou o ministro, que quer mostrar a Temer algumas definições finais referentes ao modelo de privatização, antes de encaminhar o texto à Casa Civil. Caberá à Casa Civil definir se será enviado ao Congresso um "projeto de lei com urgência urgentíssima ou medida provisória, porque a nossa ideia é que seja o mais rápido possível". Vencida essa etapa, Coelho Filho disse que a atenção se voltará à reforma do setor elétrico.

Aneel publica regras de comercialização de energia elétrica

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou as regras de comercialização de energia elétrica aplicáveis ao Sistema de Contabilização e Liquidação (SCL), relativas ao Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits de Energia Nova (Mcsden). A Resolução Normativa nº 789, que traz as novas regras, foi publicada ontem.
O ato da Aneel faz alterações na Resolução Normativa nº 693, de 15 de dezembro de 2015, que estabeleceu critérios para aplicação do mecanismo de compensação de sobras e déficits de energia elétrica. Pelas novas regras, a aplicação do Mcsden considerará todos os Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (Ccears) vigentes da distribuidora cedente, proporcionalmente à quantidade de cada produto, sendo priorizados na composição das cessões os contratos por quantidade. Ainda de acordo com a resolução, a sazonalização e a modulação das cessões serão realizadas nos termos das Regras de Comercialização de Energia Elétrica.
Com as regras publicadas ontem, a distribuidora cessionária inadimplente terá suas declarações suspensas por 12 meses, contados a partir do mês de inadimplência, e ficará impedida de participar do Mcsden do ano seguinte.
Segundo a resolução, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) fará a revisão dos Procedimentos de Comercialização de Energia Elétrica (PdC) que devem ser alterados em decorrência das regras de comercialização de energia elétrica e os encaminhará para aprovação em até 60 dias. As novas regras da resolução deverão ser incorporadas ao Sistema de Contabilização e Liquidação a partir do mês de novembro de 2017. A CCEE deverá utilizar as novas regras para efetuar o processamento dos meses de julho de 2016 até a contabilização de julho de 2017 e a recontabilização dos processamentos realizados via Mecanismo Auxiliar de Cálculo.