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Economia

- Publicada em 30 de Outubro de 2017 às 18:04

IGP-M tem desaceleração para 0,20% em outubro

Índice é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguéis de imóveis

Índice é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguéis de imóveis


/MATEUS BRUXEL/ARQUIVO/JC
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou para 0,20% em outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em setembro, tinha ficado em 0,47%. Em outubro de 2016, a variação foi de 0,16%. No resultado acumulado em 12 meses, houve deflação de 1,41%. Se considerados apenas os 10 meses de 2017, a deflação é ainda maior, de 1,91%.
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou para 0,20% em outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em setembro, tinha ficado em 0,47%. Em outubro de 2016, a variação foi de 0,16%. No resultado acumulado em 12 meses, houve deflação de 1,41%. Se considerados apenas os 10 meses de 2017, a deflação é ainda maior, de 1,91%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis. Os contratos preveem reajuste anual pelo índice acumulado no período. Em 12 meses até setembro, o IGP-M registra taxa de -1,45%. Em 2017 até setembro, o índice é de -2,10%. O IGP-M é composto por três índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Segundo o superintendente adjunto para Inflação do Instituto Brasileiro de Economia, Salomão Quadros, o alívio sentido em outubro foi provocado por poucos itens com forte peso no índice, como o minério de ferro e os combustíveis no atacado. Mas esses itens devem ter certa acomodação em novembro, completa ele. Neste mês, o minério de ferro recuou 8,28%, de alta de 7,28% em setembro; enquanto a gasolina nas refinarias caiu 0,80% ante aumento de 7,09% no mês passado. Já o óleo diesel continuou positivo, mas com taxa bem menor (8,25% para 2,38%).
"Em vez de ter queda, minério de ferro e combustíveis vão ficar mais neutros. Além disso, o aumento dos alimentos no atacado deve continuar, embora talvez em menor intensidade, e se transmitir para o varejo lentamente", reforça Quadros.
Tanto no atacado quanto no varejo, alimentação foi um destaque no IGP-M de outubro. No Índice de Preços ao Produtor Amplo, o índice relativo à agropecuária subiu 0,76%, depois de queda de 0,04%. Além disso, cita Quadros, um subgrupo que conjuga os alimentos in natura com os alimentos processados no IPA teve elevação de 0,42%, depois de -1,48%.
Da mesma forma, diz, as matérias-primas agropecuárias avançaram de 0,46% para 0,85%. "O impacto não é imediato, mas esse resultado sinaliza que o aumento da alimentação no Índice de Preços ao Consumidor deve ter fôlego", reforça. O IPA subiu 0,16%, mas desacelerou do nível de setembro (0,74%). No IPC, alimentação mostrou expansão de 0,18%, depois de queda de 0,82%. E o índice do varejo registrou alta de 0,28%, de recuo de 0,09%.
Outro fator que deve contribuir para aceleração do IPC e do IGP-M em novembro é a conta de luz. O grupo habitação mostrou aumento de 0,31% (ante -0,24%), mas deve continuar subindo, porque a bandeira vermelha, que já está vigorando neste mês e vai continuar em novembro, teve elevação do custo, de R$ 3,50 a cada 100 kWh para R$ 5,00.
Apesar dos aumentos esperados na margem, o IGP-M deve fechar negativo neste ano pela primeira vez desde 2009 (-1,72%). "Teria que subir quase 1% nos dois meses que faltam do ano para sair do terreno negativo. E não é nada disso que está se desenhando. O acumulado em 12 meses deve ficar em deflação até fevereiro ou março", diz, ressaltando que a deflação no ano é favorável devido à menor retroalimentação para a inflação de 2018.
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