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Economia

- Publicada em 30 de Outubro de 2017 às 17:06

Juros fecham em alta com piora da percepção de risco político

Agência Estado
Os juros futuros fecharam a sessão regular desta segunda-feira (30) em alta nos contratos de longo prazo, enquanto os vencimentos curtos encerraram próximos dos ajustes da sexta-feira. A exemplo dos demais ativos domésticos, os juros longos acusam a piora da percepção de risco no cenário político trazida pelos números da pesquisa Ibope, divulgada no domingo, e que adicionou cautela aos negócios.
Os juros futuros fecharam a sessão regular desta segunda-feira (30) em alta nos contratos de longo prazo, enquanto os vencimentos curtos encerraram próximos dos ajustes da sexta-feira. A exemplo dos demais ativos domésticos, os juros longos acusam a piora da percepção de risco no cenário político trazida pelos números da pesquisa Ibope, divulgada no domingo, e que adicionou cautela aos negócios.
Entretanto, e a despeito do expressivo avanço do dólar ante o real, a alta das taxas futuras foi amenizada pelo exterior, onde os rendimentos dos Treasuries estão em baixa firme desde o período da manhã.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 7,33%, de 7,30% no ajuste, e a taxa do DI para janeiro de 2020 avançou de 8,37% para 8,43%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 9,19%, de 9,10%, e a do DI para janeiro de 2023, de 9,80% para 9,87%. O dólar à vista ampliou a alta e renovou máximas na última hora, cotado em R$ 3,2842 (+1,25%), às 16h36.
Após o mercado ter se resignado diante da falta de expectativa de aprovação da reforma da Previdência este ano, o ambiente político voltou a pesar na curva nesta segunda-feira. "Passada a denúncia e sabendo que Temer vai ficar, o foco político é agora voltado para a eleição", disse o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno. "A pesquisa mostra que o PT pode voltar ao poder, mesmo sendo baixa a probabilidade. Os ativos têm mesmo de precificar isso", completou.
A pesquisa Ibope mostrou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na liderança da corrida eleitoral para a Presidência em 2018 com 35% das intenções de voto, contra chance de 13% do deputado federal Jair Bolsonaro. A ex-senadora Marina Silva aparece em terceiro lugar com 8%.
O avanço dos juros longos, porém, foi limitado pelo recuo dos yields dos Treasuries, que por sua vez reagem a um conjunto de fatores: aumento das expectativas de que o sucessor da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen, a partir de 2018 será o diretor da instituição Jerome Powell; à denúncia contra o ex-coordenador da campanha de Donald Trump, Paul Manafort, de conspiração contra os Estados Unidos, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e financeira, omissão de seu trabalho como agente de governo estrangeiro e declarações falsas a autoridades americanas; e relatos de que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, teria dito que não há demanda para bônus ultralongos, acima de 50 anos, que o Departamento do Tesouro estudava implementar.
Às 16h36, a T-Note de dez anos estava em 2,372%, após ter superado os 2,40% na sexta-feira.
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