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Sistema financeiro

- Publicada em 24 de Outubro de 2017 às 19:03

Nubank lança serviço de conta-corrente digital

Por ora, será possível fazer transferências e pagar a fatura do cartão

Por ora, será possível fazer transferências e pagar a fatura do cartão


/FREDY VIEIRA/JC
Reforçando seu posicionamento de concorrente dos grandes bancos brasileiros, o Nubank anunciou ontem a criação de uma conta-corrente, aproximando-se cada vez mais do modelo de atuação de uma instituição financeira. Por ora, entretanto, a fintech será apenas um arranjo de pagamento pré-pago que, segundo o fundador e CEO do Nubank, David Vélez, vai possibilitar transferências de recursos entre contas para qualquer banco e pagamentos da fatura do cartão. O Nubank recebeu autorização no Banco Central como uma instituição de pagamentos, batizada de Nu Pagamentos.
Reforçando seu posicionamento de concorrente dos grandes bancos brasileiros, o Nubank anunciou ontem a criação de uma conta-corrente, aproximando-se cada vez mais do modelo de atuação de uma instituição financeira. Por ora, entretanto, a fintech será apenas um arranjo de pagamento pré-pago que, segundo o fundador e CEO do Nubank, David Vélez, vai possibilitar transferências de recursos entre contas para qualquer banco e pagamentos da fatura do cartão. O Nubank recebeu autorização no Banco Central como uma instituição de pagamentos, batizada de Nu Pagamentos.
A expectativa, conforme o executivo, é atrair os próprios clientes do cartão do Nubank e também os que não foram aceitos por conta de risco de crédito, por meio de uma oferta sem tarifas tanto para Nu Conta como para transações, em tempo real e com menos complexidade. Dos mais de 13 milhões de pedidos que a empresa já recebeu, pouco mais de 2,5 milhões foram aceitos para ter o cartão da marca.
Vélez descartou que o lançamento da Nu Conta seja uma alternativa para a empresa captar recursos e se preparar para uma eventual mudança no setor de cartões com a redução do prazo de pagamentos ao lojista, de 30 dias para dois dias. Os recursos depositados na Nu Conta, conforme o CEO do Nubank, vão render títulos públicos, com taxas indexadas equivalentes a 99% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Como não vai cobrar tarifas, o ganho da Nu Conta virá, segundo ele, da rentabilidade adicional ao que será pago para quem usar a conta. "Esse é só o começo da Nu Conta. Vamos criar novas funcionalidades daqui para frente", disse Vélez. Entre as próximas funções que serão lançadas, de acordo com ele, está o pagamento de boletos. No entanto, outras possibilidades, como a emissão de cartão de débito e empréstimos, não serão possíveis. Como a Nu Conta é um arranjo de pré-pagamento, a ideia é que o cliente use apenas os recursos que depositar, não necessitando de limites extras como o tradicional cheque especial. "Vamos aos poucos", complementou Vélez.
Ele afirmou, ainda, que o Nubank não apresenta lucro líquido no Brasil, uma vez que os recursos captados têm sido reinvestidos. "Não queremos ganhar dinheiro, mas remover a complexidade do sistema financeiro. A maioria das pessoas paga tarifas muito altas sem necessidade", garantiu Vélez.

Regras para o Banco Central fechar acordos de leniência ganham prioridade no Senado

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, pretende acelerar no plenário da Casa o projeto que estabelece as regras para o Banco Central (BC) fechar acordos de leniência com instituições financeiras. A decisão foi tomada depois de Eunício ter recebido o presidente do BC, Ilan Goldfajn.
Segundo Eunício Oliveira, para dar agilidade à tramitação, a proposta foi distribuída apenas para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), responsável pelo assunto do ponto de vista técnico. "Pedi ao senador Tasso Jereissati, que é o presidente da comissão, para dar o máximo de agilidade para que esse projeto seja votado na CAE e de lá venha para o plenário com pedido de urgência. Eles pediram, no máximo, 15 dias de prazo, e quero ver se a gente consegue antecipar para dar ao Banco Central, que é o órgão fiscalizador, que centraliza todas as decisões em relação aos bancos públicos e privados brasileiros, a oportunidade de fiscalização", disse o presidente do Senado.
Aprovado pelo plenário da Câmara na semana passada, o texto estabelece as regras para o Banco Central fechar acordos de leniência com instituições financeiras.