Petróleo sobe com expectativa de interrupção da produção no Oriente Médio

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, apoiados por expectativas interrupção na produção, em meio a riscos geopolíticos no Oriente Médio. Além disso, uma autoridade saudita prometeu agir para equilibrar o mercado, dando mais impulso à commodity.

O petróleo WTI dezembro negociado na Nymex subiu US$ 0,57 (1,09%) e fechou a US$ 52,47 por barril, no maior patamar desde meados de abril. Na ICE, em Londres, o petróleo Brent para o mesmo mês avançou US$ 0,96 (1,67%) e fechou a US$ 58,33 por barril.

Os preços foram impulsionados após o ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, afirmar que o acordo de corte na produção liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) "deu mais certo que o esperado". Segundo ele, porém, os produtores ainda podem fazer mais. "Estamos determinados a fazer o que for preciso para equilibrar o mercado", disse a autoridade.

Em um evento em Riad, o ministro ainda disse que a demanda por petróleo é "mais resiliente do que as pessoas pensam". No Future Investment Initiative, Falih afirmou que a demanda por energia deve subir para 40% até 2050, comentando que "haverá uma necessidade crescente pela energia" e que novas energias continuarão a crescer.

A Arábia Saudita é vista como líder da Opep e comentários de autoridades do país sobre o mercado geralmente pesam nas negociações. Além disso, os contratos do petróleo vêm se beneficiando das turbulências políticas no Oriente Médio, após o plebiscito do Curdistão iraquiano, onde os curdos votaram pela independência, provocando reação do governo central, em Bagdá.

Os iraquianos tomaram o controle de regiões ricas em petróleo no Curdistão, elevando as perspectivas de interrupção da produção local.