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Economia

- Publicada em 24 de Outubro de 2017 às 13:41

Miolo faz reserva de espumante envelhecida no fundo do mar

Garrafas da espumante Miolo foram retiradas do fundo do mar na costa da França

Garrafas da espumante Miolo foram retiradas do fundo do mar na costa da França


Amphoris/Vinícola Miolo/Divulgação/JC
Patrícia Comunello
"Mil reais." Especula Guilherme Gallon sobre quanto pode custar uma garrafa da espumante Cuvée Tradition Brut da Vinícola Miolo que foi envelhecida por um ano no fundo do mar da costa francesa (foto acima). O Jornal do Comércio postou a notícia em seu Facebook na quinta-feira passada (18) e, desde então, como Gallon, muita gente está perguntando sobre valor, quando o cobiçado lote de 500 garrafas chegará ao mercado e também faz planos, mesmo que a chance de adquirir uma garrafa seja bem remota. 
"Mil reais." Especula Guilherme Gallon sobre quanto pode custar uma garrafa da espumante Cuvée Tradition Brut da Vinícola Miolo que foi envelhecida por um ano no fundo do mar da costa francesa (foto acima). O Jornal do Comércio postou a notícia em seu Facebook na quinta-feira passada (18) e, desde então, como Gallon, muita gente está perguntando sobre valor, quando o cobiçado lote de 500 garrafas chegará ao mercado e também faz planos, mesmo que a chance de adquirir uma garrafa seja bem remota. 
"Curiosa pelo valor....", postou Denise Trancredi Zappas. "se comprarem esse tô disponível para brindes. Hahaha", avisa Daniela Tremarim. A resposta a Daniela veio rapidinho de Carol Schmidt: "Hahahaha, reserva uma data para daqui uns 5 anos, tempo necessário para juntar as moedinhas suficientes para um ou dois exemplares".   
A primeira resposta: qual será o preço? A vinícola ainda não definiu, garante o gerente de exportação da Miolo, Anderson Tirloni, que evita comentar limite de valores. O certo é que vão compor o preço desde o custo para fazer a imersão no mar, a logística para trazer de volta ao Brasil, a embalagem especial para marcar a coleção e o feito - a Miolo é a primeira vinícola a fazer este mergulho - e quanto vale o que vem dentro da garrafa.
Um Cuvée Tradition Brut normal, ou seja, sem esta etapa submersa, custa R$ 45,00 na loja da vinícola em Bento Gonçalves e supermercados como a rede Zaffari. Já em redes como o Pão de Açúcar, em São Paulo, o valor pode chegar a R$ 60,00.  
A segunda questão: quando as garrafas começam a ser vendidas? Das 500 unidades, quase tudo será enviado à sede da vinícola na serra gaúcha. Apenas 10 garrafas devem ficar na França para divulgar o produto em eventos, diz o gerente. A chegada não tem data ainda, possivelmente será na semana que vem. A venda deve ser no começo de dezembro pelo canal de e-commerce e na loja em Bento Gonçalves. Será feito o lançamento da pré-venda, aí sim com o preço que vai ser ofertada a bebida.
A curiosidade, claro, - e isso estava na conta da empresa -, atiçou a vontade de ter um exemplar por apreciadores e já estão ocorrendo reservas de unidades. Segundo Tirloni, a procura aumenta a cada dia. "Tem gente que liga dizendo que quer comprar por qualquer preço", comenta o gerente. Com isso, a Miolo abriu um pré-reserva para a venda futura. "Uma pessoa de São Paulo pediu seis garrafas", exemplifica, mesmo sem saber qual será o preço. "Encaram como item de colecionador", justifica. Quem quiser arriscar, pode fazer o pré-cadastro pelo 0800-9704-165. 

Onde estão as garrafas

As 500 unidades saíram do fundo do mar em 12 de outubro, com ajuda de mergulhadores, e estão ainda em processo de limpeza em Brest, escritório da Amphoris, pois materiais e sujeira do habitat marinho grudaram no vidro. Curiosidade:a Amphoris comanda a operação e é especialista em identificar locais adequados para mergulhar as garrafas, o que implica em observar e conhecer ascondições ambientais. Até para retirar o lote da profundidade de 60 metros, foi preciso esperar um dia perfeito."Foi uma janela de 30 minutos de sol", conta Tirloni.
Vídeo mostra o ambiente marinho onde foram mantidas as garrafas da Miolo 
Não há ainda data de embarque das garrafas. Pelo tempo curto entre a venda e eventual consumo na data tradicional como as festas de fim de ano - que não necessariamente será o destino de quem adquirir -,  a Miolo deve trazer o lote de avião. Tirloni diz que a Miolo não divulga o custo de fazer a submersão. O lote que foi alçado do mar é o primeiro, e outro com mais 500 unidades da Cuvée Tradition Brut Rosé foi submerso em julho. "Este será resgatado na metade de 2018", adianta o gerente.
O anúncio do mergulho foi feito em um evento na Embaixada brasileira em Paris. Em outubro de 2016, o  embaixador Paulo César de Oliveira Campos elogiou a qualidade da bebida e disse que "a Miolo é um grande exemplo da capacidade do Brasil e do Rio Grande do Sul de disputar mercado". Funcionários responsáveis por repor estoques na embaixada disseram que a marca é considerada pelos franceses como o melhor entre vinhos estrangeiros. O preço é atrativo. Uma garrafa de Cuvée Tradition Brut custa 12 euros, cerca de R$ 46,00. O país consome 5% do volume exportado pela Miolo considerando todas as bebidas. Atualmente, 30% do volume vendido em 32 países pelo mundo é de espumantes.
No fundo do mar, as garrafas ficam em contato direto com a água, "interagindo" com algas, caranguejos, corais e tudo que povoar o habitat. Ficam bem amarradas no interior de um contêiner gradeado. "É como se estivessem em uma adega em casa", compara o gerente. O envelhecimento pode ser feito por 60 meses. No caso do lote da Cuvée Tradition, a espumante já tinha cumprido as etapas principais do processo na vinícola. "Ele será finalizado no fundo do mar", resume. 
A Miolo lidera as exportações de espumantes brasileiros. Segundo Tirloni, os Jogos Olímpicos do Rio, representaram uma grande alavanca para projetar ainda mais o produto. No ano passado, a receita com comércio exterior da empresa cresceu 40%, que deve manter estabilidade este ano. A Europa compra 70% do volume para o exterior. Mercados como dos Estados Unidos, da China e do Oriente Médio estão entre os que mais crescem para a marca.
Em 2017, a vinícola chegou a 32 destinos. Entre os novos estão a ilha de Malta e Angola, que abriu terreno no continente africano. Além disso, mais três lojas exclusivas foram abertas na China, elevando para seis varejos da marca. Hoje 10% do volume produzido pela Miolo entre vinhos finos e espumantes é exportado. 
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