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Economia

- Publicada em 23 de Outubro de 2017 às 19:22

Dólar fecha no maior nível em mais de 3 meses com exterior e cautela política

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,36%, aos R$ 3,2333

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,36%, aos R$ 3,2333


KAREN BLEIER/AFP/JC
Agência Estado
Após romper resistência importante aos R$ 3,20, o dólar ganhou força para subir mais e acabou fechando no maior nível em mais de três meses (R$ 3,2333). Os fatores para isso foram a expectativa com o plano de redução de imposto nos EUA, indefinição sobre quem será o novo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e cautela política em meio a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara, na quarta-feira.
Após romper resistência importante aos R$ 3,20, o dólar ganhou força para subir mais e acabou fechando no maior nível em mais de três meses (R$ 3,2333). Os fatores para isso foram a expectativa com o plano de redução de imposto nos EUA, indefinição sobre quem será o novo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e cautela política em meio a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara, na quarta-feira.
"O rompimento do nível de R$ 3,20 foi importante, uma vez que era uma resistência tanto psicológica quanto técnica, já que o dólar tocou este nível várias vezes e voltou", explicou o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto. Segundo ele, embora o dólar tenha tido alta no exterior, o real ficou descolado do peso mexicano, por exemplo, que teve uma queda bem menos expressiva. "Com isso, tudo indica que tivemos um stop de posições vendidas em meio a uma tendência de alta da moeda americana", pontuou.
A divisa dos EUA ficou em alta ante o real desde a abertura, motivada pela valorização acentuada ante todas as moedas no exterior diante da percepção cada vez maior de que a reforma tributária encabeçada pelo presidente americano, Donald Trump, será aprovada.
Além disso, segue no radar do mercado a indefinição quanto ao próximo presidente do Fed. "Esta indefinição de quem será o presidente do Fed traz muita incerteza porque o mercado fica na dúvida se os juros deverão subir de forma mais acelerada ou não nos próximos anos", disse o diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira.
A cautela com o cenário interno político também contribuiu para a alta do dólar. Na quarta-feira acontece a votação da segunda denúncia contra Temer no plenário da Câmara e o mercado começa a se preocupar com o número de votos de apoio que o presidente poderá ter.
"Todo mundo sabe que a denúncia não passará adiante, mas a questão central é saber o quanto de apoio o presidente terá. Na primeira denúncia, Temer teve 263 votos, mas diante de tantas acusações e em véspera de eleição, o mercado teme um número menor de votos e, consequentemente, menor probabilidade de decolar a reforma da Previdência logo em seguida", avaliou Oliveira.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,36%, aos R$ 3,2333, o maior nível de fechamento desde 11/07 e a maior variação diária desde 18/5, um dia após o escândalo dos áudios da JBS envolvendo Temer. O giro financeiro somou US$ 842 milhões Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1904 (+0,01%) e na máxima, R$ 3,2393 (+1,55%).
No mercado futuro, o dólar para novembro subiu 1,41%, aos R$ 3,2420. O giro financeiro somou US$ 18,13 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1935 (-0,10%) a R$ 3,2435 (+1,45%).
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