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Conjuntura

- Publicada em 19 de Outubro de 2017 às 20:07

Entrada na OCDE deve elevar produtividade

Cozendey diz que Brasil já subscreve 35 dos 239 instrumentos da organização mundial

Cozendey diz que Brasil já subscreve 35 dos 239 instrumentos da organização mundial


/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão, afirmou que a solicitação de vaga na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem o objetivo de ajudar no crescimento e no desenvolvimento econômico brasileiro. A afirmação foi feita durante palestra no 5º Seminário de Comércio Internacional do Instituto de Advogados de São Paulo (Iasp).
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão, afirmou que a solicitação de vaga na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem o objetivo de ajudar no crescimento e no desenvolvimento econômico brasileiro. A afirmação foi feita durante palestra no 5º Seminário de Comércio Internacional do Instituto de Advogados de São Paulo (Iasp).
O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey, afirmou que o Brasil já subscreve 35 dos 239 instrumentos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esse número representa 15% das recomendações, decisões ou acordos internacionais que fazem parte das políticas da organização e foram aderidos no período de aproximação à OCDE.
Com base em estudos comparativos sobre o desempenho de países já membros, como a Coreia do Sul, antes e depois da entrada no grupo, Estevão citou uma série de benefícios que a adesão à OCDE pode trazer à economia brasileira.
Com base nesse estudo, o secretário estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial pode aumentar em 3,5% até 2020, uma vez que deve haver um ganho de produtividade.
Além disso, há expectativa de melhora do rating soberano do País e da percepção dos investidores, assim como de aumento de investimento estrangeiro direto e de exportações. Mostrando exemplos de vantagens citadas pela Austrália e pelo Japão após a entrada no bloco, Estevão citou ainda que a adesão ao grupo poderia ajudar na aprovação de políticas econômicas significativas.
Segundo ele, se o Brasil se tornar membro, estará se aproximando da melhor forma de fazer políticas públicas. Estevão também frisou que o momento da candidatura brasileira, em que está havendo recuperação da economia, e se as reformas forem aprovadas, vai continuar crescendo.
O secretário também comentou sobre seu trabalho em outros assuntos. Sobre o Mercosul, Estevão disse que há conversas com a Argentina para aperfeiçoar o bloco. No G-20, informou que o Brasil tem buscado um comércio internacional mais aberto. "Fazemos parte dos países que apoiam a abertura do comércio internacional, que defendem as instituições multilaterais em contraposição a países, às vezes mais abertos que o Brasil, que estão defendendo políticas protecionistas", sustentou.
Ele criticou, ainda, a política de conteúdo local, que favorece a indústria nacional, mas que, segundo ele, aumentou o custo e afetou o crescimento econômico. "É melhor integrar com o resto do mundo e, ao mesmo tempo, fazer medidas para reduzir o custo Brasil."

Investimentos crescem 0,8% em agosto, após 13 quedas seguidas, revela Ipea

Os investimentos ficaram estáveis no País em agosto, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos na economia) registrou ligeiro recuo de 0,1% em relação a julho.
Na comparação com agosto do ano passado, entretanto, o indicador cresceu 0,8%, após 13 meses consecutivos de perdas. Desde março de 2014, o Indicador Ipea de FBCF teve crescimento na comparação interanual apenas duas vezes: em junho de 2016 (de 0,1%) e agora, em agosto de 2017. No ano, os investimentos ainda acumulam uma queda de 3,9%.
Na passagem de julho para agosto, o componente de máquinas e equipamentos cresceu, mas a construção encolheu. O componente construção civil teve retração de 2,3% em agosto ante julho, após dois avanços seguidos.
O Consumo Aparente de Máquinas e Equipamentos (Came) - obtido pela soma da produção doméstica e das importações, excluídas as exportações - teve crescimento de 1,8% no período, depois de uma queda de 0,9% no mês anterior. A produção doméstica de bens de capital avançou 1,4% em agosto ante julho; o volume de importações caiu 1,2%; e o volume exportado de bens de capital recuou 1,1%.
Em relação a agosto de 2016, a construção encolheu 4,5% em agosto de 2017, enquanto o Came teve um salto de 11%.