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Economia

- Publicada em 19 de Outubro de 2017 às 14:57

Tensões políticas na Espanha pressionam e bolsas da Europa fecham no vermelho

Agência Estado
Os mercados acionários europeus fecharam em baixa nesta quinta-feira, após uma escalada nas tensões políticas na Espanha e preocupações sobre o crescimento da China darem espaço para uma busca por ativos considerados mais seguros.
Os mercados acionários europeus fecharam em baixa nesta quinta-feira, após uma escalada nas tensões políticas na Espanha e preocupações sobre o crescimento da China darem espaço para uma busca por ativos considerados mais seguros.
O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em queda de 0,63% (-2,46 pontos), aos 389,10 pontos.
As tensões entre a Espanha e a Catalunha se aprofundaram nesta quinta-feira, com o governo central de Madri ameaçando tomar medidas para retirar poderes do governo regional da Catalunha após o líder catalão, Carles Puigdemont, não cumprir o prazo para renunciar ao impulso pela independência da região. Em vez de atender à demanda de Madri, Puigdemont ameaçou o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy, afirmando que iria avançar com a independência caso não houvesse uma negociação entre as partes.
Em resposta, Madri afirmou que realizaria uma reunião extraordinária no sábado, onde pode invocar o artigo 155 da Constituição espanhola, que retiraria alguns dos poderes da região semiautônoma. Caso isso ocorra, seria a primeira vez que um governo espanhol tenta suspender regras de uma de suas regiões. Todos os movimentos se dão após o impasse entre Espanha e Catalunha depois que a região fez um plebiscito em 1º de outubro sobre a independência do território, onde 90% dos votos foram favoráveis à secessão.
Tendo o cenário espanhol como pano de fundo, os investidores se voltaram a ativos considerados mais seguros, o que enfraqueceu as bolsas europeias como um todo. O índice Ibex-35, da bolsa de Madri, foi um dos mais penalizados, ao fechar em baixa de 0,74%, aos 10.197,50 pontos. Entre as instituições financeiras catalãs, o Banco de Sabadell cedeu 1,68% e o CaixaBank recuou 1,50%.
No mercado de bônus, o juro do título espanhol de 10 anos subiu para 1,624%, enquanto a busca por segurança fez o yield do Bund alemão de 10 anos cair de para 0,398%. O spread entre os dois ficou em 1,25% e essa diferença pode aumentar "se a situação na Espanha ficar mais tensa, mas pode ser uma oportunidade interessante em um horizonte de médio prazo", comentaram estrategistas do UniCredit, em nota a clientes.
De acordo com a agência de classificação de risco Moody's, uma piora na situação entre o governo da Catalunha e o de Madri pode afetar o rating soberano espanhol no futuro. "Enquanto continuamos a acreditar que a probabilidade da secessão catalã continua baixa, a rápida escalada das tensões e o impasse político em curso sugerem que o risco aumentou um pouco nas últimas semanas", disse a Moody's, em relatório.
Em Frankfurt, as tensões envolvendo a Catalunha deram espaço para um movimento de realização de lucros, já que o índice DAX renovou sucessivas máximas históricas nos últimos dias, Hoje, o DAX fechou em baixa de 0,41%, aos 12.990,10 pontos.
Além da Espanha, o impacto foi maior nos mercados acionários italianos, com o índice FTSE-Mib, da bolsa de Milão, em queda de 0,99%, aos 22.133,21 pontos. Já em Paris, o índice CAC-40 baixou 0,29%, aos 5.368,29 pontos. Em Lisboa, o índice PSI-20 encerrou no vermelho, em queda de 0,02%, aos 5.460,35 pontos.
Ainda nesta quinta-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, fará um discurso endereçado aos líderes da União Europeia sobre garantias para os cidadãos do bloco que vivem no Reino Unido, esperando dar nova vida às negociações paralisadas do Brexit, afastando o foco de um impasse sobre a parte financeira. Na agenda de indicadores, o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) informou que as vendas no varejo do Reino Unido caíram 0,8% em setembro ante agosto enquanto analistas esperavam estabilidade no confronto mensal. Com isso, a libra ampliou as perdas em relação à moeda americana.
O índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,26%, aos 7.523,04 pontos. Entre os destaques negativos, esteve a Unilever, que fechou em queda de 5,49% após divulgar um crescimento de receita mais fraco no terceiro trimestre. 
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