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Economia

- Publicada em 17 de Outubro de 2017 às 08:24

Petróleo opera em leve alta, com tensões no Iraque no radar

Agência Estado
O petróleo opera em alta nesta terça-feira (17), em meio a crescentes tensões políticas no Iraque. Com o quadro geopolítico, os contratos mostram algum apoio, embora sem muito fôlego após fecharem ontem no maior patamar em quase três semanas.
O petróleo opera em alta nesta terça-feira (17), em meio a crescentes tensões políticas no Iraque. Com o quadro geopolítico, os contratos mostram algum apoio, embora sem muito fôlego após fecharem ontem no maior patamar em quase três semanas.
Às 8h17min (de Brasília), o petróleo WTI para novembro subia 0,44%, a US$ 52,10 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro avançava 0,45%, a US$ 58,08 o barril, na ICE.
As forças de Bagdá entraram em confronto na segunda-feira com combatentes da região curda semiautônoma do Iraque na província de Kirkuk, rica em petróleo, em meio ao impasse sobre a independência curda. A violência se segue a um plebiscito no fim de setembro no qual os curdos votaram em sua maioria a favor da independência, em desafio ao governo central e a outros países da região, como a Turquia.
O Curdistão iraquiano exporta quase 600 mil barris por dia de petróleo, principalmente por meio de um oleoduto que cruza a Turquia. As forças iraquianas agora controlam parte dos campos petrolíferos curdos, mas boa parte dessas exportações poderia acabar bloqueada, segundo especialistas. Uma potencial redução na oferta global tem impulsionado os preços da commodity nos últimos dias.
A situação no Iraque ainda é importante para os preços do petróleo, segundo Iain Reid, diretor de pesquisa em petróleo e gás na Europa no Macquarie Group. "O Iraque é uma parte grande da produção de petróleo do Oriente Médio", lembrou.
Além disso, a incerteza sobre o acordo internacional com o Irã para conter o programa nuclear do país em troca do alívio a sanções também ajuda a sustentar os preços. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou na semana passada abandonar a iniciativa de 2015, o que abriria margem para o Congresso americano impor sanções contra Teerã. A retirada das sanções a partir de 2016 permitiu que a produção do Irã tivesse crescimento significativo, para cerca de 3,8 milhões de barris por dia. Novas sanções, porém, poderiam limitar a capacidade exportadora do país e reduzir a oferta global.
Não há "risco imediato" para a oferta global por causa da situação do Irã, mas isso aumenta o apoio do quadro geopolítico nos preços, na avaliação de Tamas Varga, analista da corretora PVM Oil Associates. Segundo ele, isso força uma reversão de ao menos parte das apostas na queda do barril.
Já Reid, da Macquarie, aponta que os investidores devem estar atentos a comentários sobre riscos geopolíticos durante uma reunião de executivos do setor em Londres nesta semana. A conferência Oil & Money começa nesta terça-feira e tem duração de três dias, com organização do jornal The New York Times e da Energy Intelligence. 
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