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Economia

- Publicada em 16 de Outubro de 2017 às 19:34

Dólar sobe com exterior e cautela por desgaste entre Temer e Maia

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,74%, aos R$ 3,1725

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,74%, aos R$ 3,1725


MARCOS SANTOS/USP IMAGENS/IMAGENS PUBLICAS/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Após acumular perda de 1,17% nas três últimas sessões, o dólar voltou a subir nesta segunda-feira (16), impulsionado pela percepção de que os juros deverão subir nos EUA em dezembro, conduzido ainda por cautela política diante de mais um episódio de desgaste entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente Michel Temer, às vésperas da votação da segunda denúncia contra ele, no Congresso. Na última hora, a moeda americana voltou a renovar máximas, seguindo o mesmo comportamento ante moedas fortes, após rumores de que dois candidatos à presidência do Federal Reserve (Fed), ambos considerados hawkish (favoráveis a aumento de juros), ganharam força.
Após acumular perda de 1,17% nas três últimas sessões, o dólar voltou a subir nesta segunda-feira (16), impulsionado pela percepção de que os juros deverão subir nos EUA em dezembro, conduzido ainda por cautela política diante de mais um episódio de desgaste entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente Michel Temer, às vésperas da votação da segunda denúncia contra ele, no Congresso. Na última hora, a moeda americana voltou a renovar máximas, seguindo o mesmo comportamento ante moedas fortes, após rumores de que dois candidatos à presidência do Federal Reserve (Fed), ambos considerados hawkish (favoráveis a aumento de juros), ganharam força.
Na última hora de negociação, o dólar subiu para o patamar dos R$ 3,17, seguindo o comportamento da moeda americana ante divisas fortes e contra algumas moedas ligadas a commodities em meio a relatos de que dois candidatos ao comando Fed, tidos como hawkish, continuam na disputa. De acordo com informações no mercado, o presidente dos EUA, Donald Trump, ficou impressionado com John Taylor (ultra hawkish e professor da universidade de Stanford), enquanto Kevin Warsh (ex-membro do Conselho do Fed) continua no páreo.
A moeda americana já vinha em alta generalizada desde cedo, após a presidente do Fed, Janet Yellen, sinalizar domingo que a instituição poderá elevar os juros em dezembro, dizendo que o fortalecimento da economia americana, assim como o baixo desemprego, deverão impulsionar a inflação. Para ela, a fraqueza dos preços é transitória.
De acordo com o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, embora Yellen já tenha falado muitas outras vezes que a inflação baixa é transitória, "seus comentários vieram de encontro com um dólar mais fraco ao redor do mundo, após a última ata do Fed ter sido considerada dovish (favorável a juros baixos) e dados fracos de inflação na sexta-feira, o que favoreceu a alta de hoje", pontuou.
Internamente, a cautela política voltou a fazer preço no câmbio, após a divulgação dos vídeos da delação premiada do doleiro que prestava serviços ao PMDB, Lúcio Funaro, no site da Câmara. Embora sem novidades, a delação atinge Temer, às vésperas da votação da segunda denúncia contra ele, no Congresso. No fim de semana, o advogado de defesa de Temer, Eduardo Carnelós, classificou a publicação como "vazamento criminoso", o que levou Maia a chamá-lo de "incompetente".
Hoje, Temer tentou amenizar o clima e escreveu uma carta aos parlamentares não só para se defender das acusações feitas pelo operador do PMDB, mas para dar "explicações", "satisfações" e "desabafar" diante da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra ele.
"O atrito entre Maia e Temer estremeceu o mercado. Não que o mercado não acredite que Temer escapará da segunda denúncia, mas abala principalmente porque já é o terceiro atrito oficial entre eles. Os investidores estão olhando através da segunda denúncia o impacto que isso terá na reforma da Previdência", explicou Machado Neto.
"Começamos a ver uma disputa política. Com Maia fortalecido, não se sabe se ele quer angariar cargos maiores ou se está projetando cargo nacional", destacou o operador da corretora Multimoney Durval Corrêa.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,74%, aos R$ 3,1725. O giro financeiro somou US$ 720 milhões. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1532 (+0,12%) e na máxima, R$ 3,1735 (+0,77%).
No mercado futuro, o dólar para novembro avançou 0,82%, aos R$ 3,1790. O giro financeiro somou US$ 13,56 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1605 (+0,23%) a R$ 3,1810 (+0,88%).
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