Os contratos futuros do petróleo fecharam nesta segunda-feira, 16, no maior patamar em quase três semanas, ao passo em que as tensões no Oriente Médio aumentaram as preocupações sobre os fornecimentos globais da commodity.
Na Nymex, em Nova Iorque, o petróleo WTI para novembro fechou em alta de US$ 0,42 (+0,82%), a US$ 51,87 por barril. Já o Brent para dezembro negociado na ICE, em Londres, fechou em alta de US$ 0,65 (+1,14%), a US$ 57,82 por barril.
Forças do iraquianas afirmam ter tomado o controle hoje de áreas da província disputada de Kirkuk, rica em petróleo, no nordeste do país. Segundo o governo iraquiano, diversos campos de petróleo foram recuperados na região semiautônoma do Curdistão, assim como o controle do aeroporto.
O governo central havia dado um ultimato ao Curdistão, após a realização de um referendo de independência. Com a ação, o exército do Iraque retomou várias zonas e infraestruturas de Kirkuk, que estavam sob controle curdo desde 2014.
A coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo Estado Islâmico divulgou que há indícios de que a troca de tiros entre as forças curdas e iraquianas ao redor de Kirkut foi um "mal entendido". Mas desde a votação pela independência do Curdistão - que foi criticada pelos EUA -, o Iraque e a Turquia vêm tomando medidas para reprimir os curdos.
Enquanto isso, um relatório mensal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA divulgado nesta segunda-feira falhou em pressionar os preços. O relatório diz que a produção de petróleo de xisto dos sete maiores produtores de petróleo do país deve avançar em 81 mil barris por dia em novembro, para 6,12 milhões de barris por dia.