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Conjuntura Internacional

- Publicada em 12 de Outubro de 2017 às 17:56

América Latina vai crescer em 2017, diz Cepal

Na contramão, economia da Venezuela deve cair 8% neste ano e outros 4% em 2018, prevê comissão

Na contramão, economia da Venezuela deve cair 8% neste ano e outros 4% em 2018, prevê comissão


/SCHNEYDER MENDOZA/AFP/JC
A Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) estimou, nesta quinta-feira, que a região crescerá 1,2% em 2017 e 2,2% em 2018, impulsionada pela produção de matérias-primas. A economia venezuelana, no entanto, deve ter uma contração de 8% neste ano e cair 4% em 2018.
A Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) estimou, nesta quinta-feira, que a região crescerá 1,2% em 2017 e 2,2% em 2018, impulsionada pela produção de matérias-primas. A economia venezuelana, no entanto, deve ter uma contração de 8% neste ano e cair 4% em 2018.
Bolívia e Paraguai liderarão o crescimento na América do Sul neste e no próximo ano, com 4%, seguidos pelo Uruguai (3% e 3,2%, respectivamente). O Peru também melhorará no próximo ano, para 3,5%, em comparação com os 2,5% esperados em 2017.
Brasil e México, as maiores economias da região, crescerão 0,7% e 2,2% neste ano, respectivamente, e 2% e 2,4% em 2018. O número do Brasil representa uma melhora em relação ao indicado pela instituição anteriormente, que era de crescimento de 0,4%.
O Brasil tem o sexto pior desempenho da região em 2017, empatado com o Equador e atrás de países como a Venezuela (-8%), Cuba ( 0,5%) e Suriname (-0,2%). Para 2018, o Brasil deve ter um crescimento mais robusto de 2%, segundo a Cepal, o que melhora a posição do País entre os demais, para o oitavo entre os piores, empatado com Haiti e Dominica.
O PIB (Produto Interno Bruto) da Argentina registrará alta de 2,4% em 2017 e de 2,7% no próximo ano, enquanto a Colômbia crescerá 1,8% e 2,6%, respectivamente. Os danos causados pelos furacões Irma e Maria levaram a uma revisão descendente da estimativa do PIB para o Caribe de língua inglesa ou holandesa, que crescerá em média 0,3% até 2017.
Até 2018, no entanto, espera-se aumento, com uma taxa de crescimento de 1,9%, influenciada, em alguns casos, pela reconstrução das regiões, bem como por um contexto global mais dinâmico em termos de comércio internacional.
A Cepal afirma que a capacidade dos países da América Latina e do Caribe de gerar um crescimento sustentado depende dos "espaços para adotar políticas que apoiem o investimento", a fim de reduzir "os efeitos de choques externos e evitar consequências significativas no desempenho das economias no médio e longo prazo". Nesse contexto, a instituição defende impulsionar o investimento público e privado, e diversificar a estrutura produtiva, para gerar "maior valor agregado e incorporar tecnologia e conhecimento."

FMI espera crescimento mundial maior neste ano e em 2018

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que a instituição multilateral espera um crescimento mundial maior neste ano e em 2018, quando deverá avançar 3,6% e 3,7%, respectivamente. Segundo ela, 75% do mundo está registrando elevação do nível de atividade. "Mas a retomada da economia mundial não está completa", destacou Lagarde. Ela apontou que 47 países registraram queda de Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.
"Defendemos como primeira prioridade assegurar a recuperação da economia mundial", apontou Lagarde. "Não é tempo para ser complacente, e é preciso adotar políticas para crescimento sustentável." Para ela, na área fiscal, os países devem investir mais em projetos de infraestrutura, educação e atuar para reduzir as diferenças salariais entre homens e mulheres, o que classificou como principal para diminuir a desigualdade social.
Lagarde ressaltou que a política monetária também é importante instrumento para governos viabilizarem a retomada da demanda agregada de seus países. Na sua avaliação, têm importância especial o combate à corrupção e o aquecimento global.
Na área financeira, ela defendeu a consolidação de regulações pelos países a fim de evitar situações negativas nos mercados internacionais. "Há potencial de riscos de apertos em mercados financeiros e que podem gerar fuga de capitais", apontou.
Christine Lagarde enfatizou que é necessário o avanço dos negócios de mercadorias e serviços entre nações para colaborar no crescimento internacional. "Precisamos assegurar expansão de comércio mundial para ajudar economia global", disse. "Acordos comerciais devem sempre ter mudanças para facilitar o comércio de países."
A diretora-gerente do FMI ressaltou também que "controles de riscos financeiros na China serão bem-vindos" e que "espera que o Brexit seja concluído com rapidez para reduzir incertezas". Ela fez os comentários em entrevista coletiva durante a reunião anual do FMI.

Pedidos de auxílio-desemprego caem 15 mil na semana nos EUA

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuou 15 mil na última semana, para 243 mil na semana encerrada no dia 7, após ajustes sazonais, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam 252 mil solicitações.
A queda ocorre pela segunda semana consecutiva, embora furacões recentes ainda gerem impacto no número no Sul do país. No mês passado, os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram e atingiram 298 mil, depois da passagem dos furacões Harvey pelo Texas e pela Louisiana. Os pedidos então permaneceram elevados após os furacões Irma e Maria atingirem áreas do Sul e do Leste dos EUA, o que afetou as leituras desse indicador na Flórida, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens americanas.
O patamar segue, de qualquer modo, perto das mínimas históricas, em um sinal de que o mercado de trabalho norte-americano está saudável. A média móvel das últimas quatro semanas, calculada para reduzir a volatilidade do dado, recuou a 257.500, após atingir um pico em mais de um mês em meados de setembro.
O número de trabalhadores que receberam auxílio-desemprego há mais de uma semana recuou a 1,889 milhão na semana encerrada em 30 de setembro, no menor patamar desde dezembro de 1973. Esse dado sai com uma semana de atraso.