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Economia

- Publicada em 11 de Outubro de 2017 às 15:56

Bradesco: processo de sucessão não é de revisão; é de manter e avançar

Agência Estado
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou que o processo de sucessão no banco não é de revisão, mas de manutenção da estrutura e políticas atuais, com avanço. "Não queremos manter e conservar, mas conservar e avançar na gestão", disse ele, em coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (11).
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou que o processo de sucessão no banco não é de revisão, mas de manutenção da estrutura e políticas atuais, com avanço. "Não queremos manter e conservar, mas conservar e avançar na gestão", disse ele, em coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (11).
De acordo com Trabuco, as novas regras de Basileia III e o processo de governança corporativa no banco exigem um Conselho de Administração protagonista. Como exemplo, citou que o colegiado participa de decisão de créditos acima de R$ 1 milhão e que o Banco Central vê essa política com bons olhos. Ressaltou ainda que as decisões no Bradesco são colegiadas e que o banco está preparado para as novas regras de capital.
Trabuco reforçou a fala do ex-presidente do Conselho de Administração do banco, Lázaro de Mello Brandão, de que o desafio na digitalização no setor bancário é permanente. "O banco e a seguradora são feitos com dois pilares: tecnologia e pessoas. Tecnologia sem olhar para pessoas é olhar comum, é processo de dados. Digitalizar o banco sem foco no cliente é coisa do passado. O futuro está na expansão do meio digital, permeando o ciclo de vida do cliente", disse o executivo, que acrescentou: "Temos quatro gerações de clientes no banco. O grande desafio é alfabetizar clientes para o digital."
Isso porque, conforme Trabuco, não basta para o Bradesco que o cliente só consulte o saldo de sua conta no aplicativo. Ele precisa utilizar mais produtos e serviços da instituição, sendo, assim, mais rentável para o banco.
O presidente do Bradesco afirmou que o mercado já reconhece o ganho de sinergias com o HSBC, que foi a maior aquisição na história do banco. A extensão do seu mandato no comando da instituição, segundo ele, ocorreu em meio à conjuntura da economia brasileira, em 2016, e ainda a conclusão da compra do banco inglês.
"A incorporação do HSBC ocorreu há exatos 12 meses e os ganhos de sinergia já começam a aparecer. O mercado já reconhece a sinergia com a aquisição do HSBC. Os múltiplos do banco mostram esse reconhecimento do mercado", disse Trabuco.
De acordo com o ex-presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, o preço que o banco pagou pelo HSBC foi "razoavelmente salgado", mas possibilitou uma indiscutível projeção para a instituição.
Brandão afirmou ainda que a proporção digital que se dará na atividade bancária nos próximos anos é um desafio. Ele admitiu que isso vai resultar na redução das agências físicas do Bradesco, mas não vê um impacto tão profundo no banco. "O digital vai ganhar corpo, mas, para o banco de varejo, o cliente se sobrepõe. O digital é desafio, mas não traz preocupação no curto prazo", acrescentou ele.
Trabuco afirmou que a economia brasileira tem indicadores que podem permitir crescimento de até 3% no ano que vem. "Estamos vendo retomada de investimentos, haja visto o investimento estrangeiro direto no País, mas ainda precisamos fazer muito. A taxa de investimentos no País é ainda muito baixa", avaliou o executivo.
De acordo com ele, um melhor desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve permitir que a performance do crédito seja melhor no próximo ano, uma vez que a economia tem efeito de multiplicação na concessão de empréstimos. "Temos avaliação benigna para o crédito nos próximos trimestres. Nossa visão é otimista até no curto prazo a despeito da economia e da política", disse Trabuco.
O executivo, que passou a acumular também a presidência do Conselho de Administração do Bradesco, afirmou ainda que a economia brasileira conseguiu se descolar da política. Para ele, a retomada da economia brasileira passa, em grande parte, pelo consumo das famílias que estão preparadas para dar esse passo.
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