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comércio exterior

- Publicada em 10 de Outubro de 2017 às 18:30

Exportações da indústria têm nova queda trimestral

Segmento de veículos foi determinante para a alta nas vendas de produtos manufaturados

Segmento de veículos foi determinante para a alta nas vendas de produtos manufaturados


/PORTO DE RIO GRANDE/DIVULGAÇÃO/JC
As exportações totais do Rio Grande do Sul e as da indústria de transformação apresentaram desempenhos diferentes no fechamento do terceiro trimestre. As primeiras somaram US$ 4,94 bilhões entre julho e setembro, o que representa avanço de 3,3% em relação ao mesmo período de 2016. Essa alta foi determinada pelo grupo das commodities, a partir do incremento de 10,9% (totalizando US$ 1,68 bilhão). Já no caso das vendas externas do setor secundário, de US$ 3,22 bilhões, houve queda de 0,3% no valor embarcado, representando 65,2% de tudo o que foi negociado pelo Estado. É o nível mais baixo para o terceiro trimestre desde 2006 (US$ 3,1 bilhões).
As exportações totais do Rio Grande do Sul e as da indústria de transformação apresentaram desempenhos diferentes no fechamento do terceiro trimestre. As primeiras somaram US$ 4,94 bilhões entre julho e setembro, o que representa avanço de 3,3% em relação ao mesmo período de 2016. Essa alta foi determinada pelo grupo das commodities, a partir do incremento de 10,9% (totalizando US$ 1,68 bilhão). Já no caso das vendas externas do setor secundário, de US$ 3,22 bilhões, houve queda de 0,3% no valor embarcado, representando 65,2% de tudo o que foi negociado pelo Estado. É o nível mais baixo para o terceiro trimestre desde 2006 (US$ 3,1 bilhões).
"Os números do comércio exterior da indústria gaúcha são alarmantes. Após um início promissor em 2017, estamos observando o aprofundamento de perdas que comprometem ainda mais a capacidade das empresas exportadoras em contratar e se manter competitivas globalmente", disse o presidente em exercício da Fiergs, Gilberto Ribeiro. Com este fechamento de trimestre, a indústria de transformação no Estado completou quatro anos consecutivos de perdas nessa base de comparação. As exportações em 2017 nesse período foram 25,7% menores do que as de 2013 e 28,5% inferiores ao pico, registrado em 2008. O crescimento em 53,7% da procura da Argentina por produtos gaúchos impediu uma queda ainda maior nas exportações gaúchas. Se a demanda externa do país vizinho tivesse se mantido estável em comparação com 2016, por exemplo, o setor secundário teria recuado 5,9%.
Os setores que exerceram os principais impactos positivos para a indústria gaúcha foram veículos automotores, reboques e carrocerias (38,9%), químicos (14,6%) e materiais elétricos (112,5%). Contribuíram de forma mais negativa alimentos (-17,3%), celulose e papel (-30,8%), e máquinas e equipamentos (-16,2%). As importações totais gaúchas no período alcançaram US$ 2,56 bilhões, alta de 18,7% se comparada com o mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e setembro de 2017, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 13,2 bilhões, alta de 6,1% em relação ao mesmo período de 2016. As commodities e os produtos da indústria aumentaram as vendas em 10,7% (total de US$ 4,1 bilhões) e 4,1% (somando US$ 9,1 bilhões), respectivamente. Veículos automotores, reboques e carrocerias (48,2%), químicos (17%) e produtos de metal (27,3%) puxaram o crescimento. Já alimentos (-4,4%), celulose e papel (-20,4%), e tabaco (-9%) registraram as maiores perdas.
A China seguiu como o principal comprador no período, com US$ 4,03 bilhões, uma elevação de 15,6% em comparação aos nove primeiros meses do ano passado. Em seguida vieram a Argentina ( 44,8%) e os EUA ( 3,6%).
 

Embarques do agronegócio voltam a cair em setembro, constata Farsul

Após indicarem uma recuperação no mês de agosto, setembro marca nova queda nas exportações do agronegócio gaúcho. A comparação entre os dois meses indica uma retração de 9,2% no valor e de 8,85% no volume negociado, o que representa uma diferença de US$ 107 milhões. O setor foi responsável por 65% das comercializações do Estado no último mês, atingindo US$ 1,058 bilhão e 1,924 milhão de toneladas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, pela assessoria econômica do Sistema Farsul.
Os grupos que mais influenciaram no resultado foram produtos florestais (-24,5%) e soja (-16,3%). Apesar de também registrar queda de 2,1%, o grupo carnes teve como destaque a carne bovina, com crescimento de 16,8%. Cereais e fumo também computaram aumentos, atingindo 78,9% e 5,3% nos valores exportados, respectivamente.
Em relação a setembro de 2016, o resultado do mês passado é 26,7% superior, um aumento de US$ 223 milhões. Soja se destaca com crescimento de 60% no valor e 81% no volume. Mesmo com queda na carne suína, o grupo carnes também teve alta de 0,98%, assim como cereais (53%), influenciado diretamente pelo desempenho do arroz, e fumo (23%). Apenas produtos florestais se retraíram, com -33,2% no valor exportado.
O acumulado do ano registra queda de 2% em comparação com o mesmo período de 2016, equivalente a US$ 175 milhões. Mesmo assim, soja e carnes tiveram crescimento de 1,37% e 4,38%, respectivamente. A China mantém a posição de principal destino dos produtos do agronegócio gaúcho, respondendo por 45% do valor total comercializado. Em segundo lugar estão os Estados Unidos (4%) e, em terceiro, a Rússia, com US$ 295 milhões.

Rio Grande do Sul e Misiones trabalham por projetos em comum

Dar sequência ao projeto de aproximação entre o Rio Grande do Sul e a província argentina de Misiones foi o objetivo do seminário realizado na sede da Fiergs nesta terça-feira. "Nossas regiões são importantes no contexto nacional dos países e possuem diversas oportunidades de cooperação na indústria, comércio e serviços", afirmou o presidente em exercício da Fiergs, Gilberto Ribeiro, lembrando que o país vizinho é o segundo destino das exportações gaúchas e a principal origem das importações, respondendo por 23% das compras externas do RS. "Para a Fiergs, o intercâmbio com a Argentina é prioritário", ressaltou. O evento é continuidade da missão realizada a Misiones em março deste ano.
Secretário adjunto da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Evandro Fontana destacou que as conversas bilaterais entre as duas regiões já "rende frutos". "Temos um memorando de entendimento entre o Estado e a Província de Misiones, e isso repercute em várias áreas. Negociações não só no campo empresarial, mas também relacionadas ao meio ambiente, turismo, agricultura, desenvolvimento econômico de um modo geral", disse. Misiones tem uma população de 1,1 milhão de pessoas e é a oitava maior economia da Argentina.
Já o ministro de coordenação de Gabinete de Misiones, Adolfo Pischik, observou que a província e o Estado planejam em conjunto políticas comuns de desenvolvimento. "Precisamos ser articuladores e trabalhar por uma melhor relação, que ainda está por vir", afirmou.
O ministro da indústria de Misiones, Luis Linchovski, observou que os próximos passos após os encontros são mapear quais as necessidades e as similaridades para a aproximação concreta e produtiva entre as duas regiões. "Quando falamos de ervas e chás, temos a oportunidade de encarar novos mercados juntos. Em relação à logística, por conta da proximidade entre Rio Grande do Sul e Misiones, região que tem sobre o rio Paraná um importante porto, reduziria custos de exportação e importação para as empresas gaúchas", afirmou o ministro.