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Economia

- Publicada em 10 de Outubro de 2017 às 14:42

FGV: alta do gás traz pressão extra; IPCA pode fechar ano na faixa de 3,1%

Agência Estado
O aumento de 12,9% promovido pela Petrobras para gás de cozinha deve elevar a inflação oficial deste ano em cerca de 0,12 ponto porcentual, caso o reajuste seja totalmente repassado ao consumidor. A estimativa é do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). "Pode esperar mais uma pancada no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro", diz.
O aumento de 12,9% promovido pela Petrobras para gás de cozinha deve elevar a inflação oficial deste ano em cerca de 0,12 ponto porcentual, caso o reajuste seja totalmente repassado ao consumidor. A estimativa é do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). "Pode esperar mais uma pancada no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro", diz.
Mesmo que o repasse não seja totalmente feito, o economista avalia que o IPCA fechado deste mês já será pressionado por energia elétrica em razão da mudança de bandeira amarela para vermelha. Em sua estimativa, um repasse da ordem de 8% não poderia ser ignorado.
A Petrobras estima que o preço do botijão de GLP P-13 possa ser reajustado, em média, em 5,1% ou cerca de R$ 3,09 cada. "Com isso, o IPCA pode se aproximar de 0,50%, o que não se vê há muito tempo", estima.
Com base na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), caso o IPCA atinja 0,50% no fechamento de outubro, será o nível mais elevado para o mês desde 2011, quando chegou a 0,43%. "Esse aumento da Petrobras deve reorientar as projeções e inflação do ano pode migrar mais para a faixa de 3,1%, diz Braz.
A despeito de considerar que o quadro para a inflação fechada em 2017 não irá sofrer mudança significativa a ponto de preocupar a autoridade monetária, esse tipo de reajuste acaba por pesar bastante principalmente no orçamento das famílias de baixa renda. "Muitos estão enfrentando uma situação difícil, sem emprego, e o gás de cozinha é um gasto que não pode ser substituído. A situação fica ainda mais complicada", afirma.
No IPCA de setembro, o encarecimento do gás de cozinha provocou impacto de 0,06 ponto porcentual no indicador, que ficou em 0,16% (de 0,19% em agosto), causando surpresa entre economistas. Isso porque as coletas vinham captando repasses menos expressivos. "No IPCA-15 de setembro, apareceu de forma tímida, mas no IPCA fechado veio forte", ressalta Braz.
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