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Economia

- Publicada em 06 de Outubro de 2017 às 18:16

Dólar sobe com perspectiva de alta de juros nos EUA, mas fluxo limita avanço

Agência Estado
A perspectiva de que os juros nos EUA deverão subir em dezembro, caminhando para uma trajetória de mais três aumentos no próximo ano, levou o dólar a fechar em alta nesta sexta-feira (6). A alta, no entanto, foi limitada devido à continuidade de fluxo acentuado e pressão de queda do dólar ante moedas fortes.
A perspectiva de que os juros nos EUA deverão subir em dezembro, caminhando para uma trajetória de mais três aumentos no próximo ano, levou o dólar a fechar em alta nesta sexta-feira (6). A alta, no entanto, foi limitada devido à continuidade de fluxo acentuado e pressão de queda do dólar ante moedas fortes.
Embora o relatório de emprego nos EUA (payroll) tenha mostrado corte de 33 mil vagas em setembro - a primeira queda em sete anos, enquanto era esperada criação de 80 mil vagas -, o documento trouxe um aumento acima do esperado dos salários, de 0,45%, ante previsão de +0,3%. A taxa de desemprego recuou de 4,4% para 4,2%.
A perspectiva de que o aumento dos salários poderá acelerar a inflação fez com que as apostas de uma elevação de juros em dezembro subissem para quase 100%, após os dados, segundo a CME Group. De acordo com o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, uma alta em dezembro está praticamente precificada pelo mercado e o principal indutor de alta do dólar foi a percepção de que os juros deverão seguir a trajetória de altas estimada pelo Federal Reserve de mais três aumentos no ano que vem.
No geral, o relatório foi considerado positivo. No entanto, especialistas fizeram algumas ponderações observadas pelos investidores, o que levou as apostas no CME Group a reduzirem a alta para 91% durante à tarde e o Dollar Index - que mensura a moeda americana ante seis divisas fortes - a entrar em território negativo.
Além de Faria Junior lembrar que uma alta nos salários não reflete uma tendência, ele destacou que os salários podem ter aumentado também devido aos furacões, que foram os causadores do corte de vagas. "Quando ocorrem furacões, a mão de obra fica mais cara, pois muita gente não vai trabalhar, o que gera pressão de alta nos salários", pontuou. Além disso, foi destacado também que, embora a taxa de desemprego tenha caído, a taxa de participação subiu, ou seja, mais pessoas estão disponíveis no mercado de trabalho, o que gera dúvidas em relação à percepção do indicador.
Faria Junior, da Wagner Investimentos, destacou que o avanço só não foi maior - como foi ante as moedas emergentes e ligadas a commodities em geral - devido ao forte fluxo que iniciou esta semana diante da captação externa do Tesouro e da Braskem, além de empresas menores. "O fluxo está alto porque há perspectiva de novas emissões externas por empresas."
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,24%, aos R$ 3,1572. O giro financeiro somou US$ 1,44 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1533 (+0,11%) e na máxima, R$ 3,1790 (+0,93%). Na semana, o dólar acumulou baixa de 0,30%.
No mercado futuro, o dólar para novembro subiu 0,03%, aos R$ 3,1655. O giro financeiro somou US$ 18,47 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1610 (-0,11%) a R$ 3,1885 (+0,75%).
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