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Economia

- Publicada em 06 de Outubro de 2017 às 15:26

Bolsas da Europa fecham majoritariamente em baixa com payroll e Catalunha

Agência Estado
Os mercados acionários europeus fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, 6, com os investidores digerindo o relatório de emprego dos Estados Unidos referente a setembro. As tensões envolvendo a Catalunha continuaram no radar. O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em queda de 0,42% (-1,66 ponto), aos 389,37 pontos.
Os mercados acionários europeus fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, 6, com os investidores digerindo o relatório de emprego dos Estados Unidos referente a setembro. As tensões envolvendo a Catalunha continuaram no radar. O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em queda de 0,42% (-1,66 ponto), aos 389,37 pontos.
Os furacões Harvey e Irma, que atingiram os EUA no mês passado, influenciaram o relatório de emprego mensal do país, fazendo com que fosse registrado o primeiro corte de vagas desde 2010 em solo americano. De acordo com o Departamento do Trabalho, houve um corte de 33 mil vagas em setembro. Apesar do resultado negativo, o mercado digeriu outros dois indicadores que vieram acima do esperado: o salário médio por hora subiu 0,45% em setembro ante agosto, enquanto as estimativas apontavam para alta de 0,30%. Já a taxa de desemprego caiu para 4,2%, no menor nível desde 2001, quando analistas indicavam a taxa a 4,4%.
Com o resultado acima do esperado nos salários, um novo aperto monetário neste ano é dado como certo pelo mercado. De acordo com os contratos futuros dos Fed funds, compilados pelo CME Group, a chance de uma elevação nos juros em dezembro está em 98,2%, enquanto, no dia anterior, estava pouco abaixo dos 80%. Dando como certa a alta nos juros nos EUA em dezembro, e, consequentemente, a retirada de estímulos da economia, os investidores passaram a apostar na moeda americana e as bolsas nos dois lados do Atlântico passaram a cair.
Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em queda de 0,36%, aos 5.359,90 pontos, com alta semanal de 0,56%. Entre as instituições financeiras, o Société Générale baixou 0,65% e o Crédit Agricole perdeu 0,10%. O índice FTSE-Mib, da bolsa de Milão, teve perda de 0,77%, aos 22.392,31 pontos, com baixa semanal de 1,34%. Entre os bancos, o Intesa Sanpaolo teve baixa de 0,34% e o Banco BPM cedeu 2,44%. Já na bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em queda de 0,60%, aos 5.395,27 pontos, com baixa semanal de 0,26%.
Já na Alemanha, as encomendas à indústria subiram 3,6% em agosto em relação ao mês anterior, enquanto analistas esperavam avanço menor, de 0,9%. Nem mesmo o dado acima do esperado fez com que uma realização de lucros perdurasse, após o índice DAX atingir máxima histórica de fechamento na quarta-feira. Hoje, o DAX encerrou em queda de 0,09%, aos 12.955,54 pontos, com ganho semanal de 0,99%. Apesar disso, montadoras continuaram a registrar alta: a Daimler subiu 0,38%, mesmo porcentual da BMW.
No Reino Unido, a incerteza política em torno da primeira-ministra Theresa May permanece, o que vem afetando a libra além da força mais recente do dólar. Com a queda da moeda britânica, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,20%, aos 7.522,87 pontos.
Apesar de a economia ter imperado no movimento dos mercados europeus nesta sexta-feira, as tensões políticas entre o governo regional catalão e o governo central de Madri permanecem sendo monitoradas pelos agentes. Hoje, uma porta-voz do governo da região afirmou que o Parlamento da Catalunha planeja se reunir na próxima segunda-feira para avaliar se declara independência, apesar do Tribunal Constitucional da Espanha ter ordenado a suspensão da sessão planejadas para esse dia.
Em uma jogada que pode influenciar negativamente a econômica catalã, o governo espanhol aprovou um decreto que facilitará que companhias da Catalunha mudem seu local de registro oficial para fora da região, permitindo a realocação de instituições financeiras, como o CaixaBank e o Banco de Sabadell. De acordo com o ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, as mudanças são resultado de "uma política irresponsável que causa apreensão na comunidade empresarial".
A aposta do governo espanhol é a de que as empresas escolham apostar em sua economia em relação à da Catalunha. Apoiando a aposta da Espanha está o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta sexta-feira, que aponta para uma expansão forte e equilibrada da economia espanhola após a implementação de reformas estruturais.
Na bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 0,29%, aos 10.185,50 pontos, cedendo 1,89% na semana. O CaixaBank perdeu 0,58% e o Banco de Sabadell recuou 1,89%. Após o fechamento dos mercados, o CaixaBank anunciou que irá mudar sua sede para Valência devido à crise na Catalunha. Já os bônus espanhóis voltaram a ser procurados pelos investidores, com o juro do título de 10 anos caindo para 1,660%.
Para a agência de classificação de risco Fitch, "uma prolongação e/ou deterioração significativa da situação política criaria riscos para os bancos espanhóis". Já a Moody's afirmou que a independência catalã teria grande impacto negativo no crédito para uma ampla gama de companhias. 
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