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Economia

- Publicada em 05 de Outubro de 2017 às 18:26

Após cinco quedas, dólar fecha em alta apoiado por cautela política e exterior

Agência Estado
O dólar subiu com força ante o real nesta tarde de quinta-feira (5), após operar em margens estreitas pela manhã, diante do fortalecimento generalizando da moeda no exterior em meio à expectativa com dados de empregos nos EUA, e cautela política diante do imbróglio envolvendo a relatoria do tucano Bonifácio de Andrada (MG) à frente da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Além disso, foi observado também recomposição acentuada de posições, após o dólar bater mínimas em R$ 3,12.
O dólar subiu com força ante o real nesta tarde de quinta-feira (5), após operar em margens estreitas pela manhã, diante do fortalecimento generalizando da moeda no exterior em meio à expectativa com dados de empregos nos EUA, e cautela política diante do imbróglio envolvendo a relatoria do tucano Bonifácio de Andrada (MG) à frente da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Além disso, foi observado também recomposição acentuada de posições, após o dólar bater mínimas em R$ 3,12.
A mudança de humor no mercado local começou diante do fortalecimento do Dollar Index - que mensura a moeda dos EUA ante seis divisas fortes - no início da tarde. De acordo com o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, o avanço dos retornos dos Treasuries diante do aumento da probabilidade de uma alta de juros nos EUA - que passou de 70% para 75% - levou a uma migração para o mercado de risco, elevando o dólar ante moedas consideradas porto seguro. Segundo ele, esse movimento foi amparado pela perspectiva de que nesta sexta-feira poderá ser divulgado um número melhor do que o esperado na criação de empregos nos EUA (payroll).
O avanço da divisa americana foi visto também ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities que, segundo o operador da Correparti Ricardo Gomes da Silva Filho, ocorreu devido a uma proteção antes do payroll. Além disso, internamente houve também "recomposição pesada de posições depois que o dólar se mostrou mais próximo ao nível de R$ 3,12, cujo patamar foi visto como positivo para compras".
Atrelado ao movimento no exterior esteve o cenário político interno. No meio da tarde, o dólar renovou máximas diversas vezes com a notícia de que a cúpula do PSDB decidiu destituir o deputado Bonifácio de Andrada (MG) da vaga de suplente da CCJ. Andrada, que foi escolhido para ser relator da segunda denúncia conta o presidente Michel Temer, acabou conseguindo uma vaga de suplente da bancada na CCJ através do PSC.
Embora a questão da relatoria permaneça a mesma, profissionais do mercado destacaram que a cautela foi gerada, uma vez que mostra uma força maior de oposição a Temer dentro do PSDB. "Começa a gerar um mal estar de que a denúncia não deverá ser barrada tão facilmente, o que prejudicará ainda mais a aprovação de uma reforma da Previdência", disse o operador da corretora Multimoney Durval Corrêa, acrescentando que a cautela reflete também o risco de uma debandada do PSDB.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,54%, aos R$ 3,1497. O giro financeiro somou US$ 1,01 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1265 (-0,20%) e na máxima, R$ 3,1562 (+0,74%).
No mercado futuro, o dólar para novembro subiu 0,56%, aos R$ 3,1645. O giro financeiro somava US$ 16,43 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1365 (-0,33%) a R$ 3,1665 (+0,61%).
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