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Indústria têxtil

- Publicada em 03 de Outubro de 2017 às 18:40

Minas Trend enfrenta com moda crise do setor do vestuário

Feira que acontece na Expominas reúne cerca de 220 expositores

Feira que acontece na Expominas reúne cerca de 220 expositores


Gabriel Colombara/FOTOSITE/Divulgação/JC
Ao completar 10 anos, o Minas Trend reafirma na edição que se inicia nesta terça-feira, uma receita exitosa ao longo da sua história de 21 edições: na crise, a melhor aposta é investir na criatividade. De hoje até sexta-feira, cerca de 220 expositores combinam negócios e divulgação de tendências na feira que transformou a moda mineira em uma das principais do País.
Ao completar 10 anos, o Minas Trend reafirma na edição que se inicia nesta terça-feira, uma receita exitosa ao longo da sua história de 21 edições: na crise, a melhor aposta é investir na criatividade. De hoje até sexta-feira, cerca de 220 expositores combinam negócios e divulgação de tendências na feira que transformou a moda mineira em uma das principais do País.
Conforme projeções dos organizadores, a maioria dos expositores vende 60% da produção anual a partir de contatos e conversas que acontecem durante as edições de evento. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior (entrevista exclusiva abaixo), o Minas Trend se transformou em uma plataforma de negócios fundamental do estado. "Sempre nos adaptamos aos momentos de mercado, para que pudéssemos receber as empresas expositoras e compradoras dentro de suas realidades", afirma.
O evento traz lançamentos dos segmentos de vestuário, calçados, bolsas, joias, bijuterias e acessórios. Além do volume de vendas, cada edição do evento gera um impacto de R$ 30 milhões na economia local apenas com o movimento dos participantes.
Segundo Machado Junior, são esperados mais de cinco mil compradores no salão de negócios, vindos de todas as regiões do Brasil, além de Alemanha, Argentina, Austrália, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hong Kong, Israel, Panamá e Peru. Machado Junior ressalta que a área de exposições e de feira mais que dobrou, passando de 12 mil metros quadrados no início para mais de 25 mil metros quadrados. As marcas participantes também cresceram, passando de 180 para 220, das quais 25 são novas.
Para o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco, os empresários aproveitam o Minas Trend para fazer negócios. "É o grande momento de divulgação dos seus produtos", diz. A participação de compradores internacionais, conforme Castello Branco, traz uma oportunidade de gerar riqueza. A Codemig aporta R$ 1 milhão de patrocínio em cada edição. "Acho que passamos a fazer parte do calendário de moda brasileiro", diz.
Esta edição encerra as comemorações alusivas aos 10 anos do Minas Trend, iniciadas na temporada anterior, realizada em abril. "Pretendemos resgatar os grandes momentos do evento e apontar diretrizes futuras para a manutenção e crescimento da moda mineira", afirma Machado Junior.

'Esperamos que que a cadeia da moda mineira possa ganhar ainda mais mercados', afirma presidente da Fiemg

Evento espera receber a visita de 5 mil compradores, destaca Machado Junior

Evento espera receber a visita de 5 mil compradores, destaca Machado Junior


ANA FRITSCH/ESPECIAL/JC
Olavo Machado Junior, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg),
Jornal do Comércio - Qual a expectativa do senhor para esta edição do Minas Trend?
Machado Junior - O empresário é, sempre, um otimista. Por isso, investimos e acreditamos na economia e na capacidade produtiva brasileira. O Minas Trend é espelho disso. Desde a primeira edição, em 2007, de forma ousada e corajosa criou o evento, a cadeia produtiva da moda mineira se engaja e participa ativamente do salão de negócios do Minas Trend. Agora, não é diferente. Com os primeiros sinais mais concretos de melhora nos indicadores econômicos brasileiros, esperamos que a cadeia produtiva da moda mineira possa ganhar ainda mais mercados, com a qualidade e a inovação de suas criações apresentadas no Minas Trend. A expectativa é que possamos gerar negócios e desenvolvimento em nosso estado. O Sistema Fiemg e os sindicatos da indústria mineira estão prontos para apoiar as empresas nesse momento. O Minas Trend, hoje consolidado como um dos principais salões de negócios da América Latina, é exemplo desse esforço e do foco na promoção de negócios e na abertura de novos mercados para a indústria do estado.
Jornal do Comércio – O senhor pode traduzir o Minas Trend em números?
Machado Junior - Até 2010, o Minas Trend era realizado no Alphaville Lagoa dos Ingleses, em um espaço menor do que atualmente utilizamos no Expominas. Sempre em parceria com a cadeia produtiva do setor e os seus sindicatos representativos, assumimos o desafio de trazer o evento para dentro de Belo Horizonte, com área de exposições e de feira que saiu de 12 mil metros quadrados para mais de 25 mil metros quadrados. A cada ano, inovamos e abrimos espaço para mais marcas e mais estandes. Evoluímos de cerca de 160 estandes para mais de 250 estandes. As marcas participantes cresceram do patamar de 180 para cerca de 220, sendo 25 novatas. Agora, na 21ª edição, a expectativa é que tenhamos mais de cinco mil compradores presentes no salão de negócios, vindos de todas as regiões do Brasil e, 22 deles, de outros países, como Alemanha, Argentina, Austrália, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hong Kong, Israel, Panamá e Peru. Esses compradores, de mercados importantes para a moda, farão negócios com empresas expositoras de todas as regiões de Minas Gerais e, claro, de outros estados, como Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Jornal do Comércio – A moda, incluindo vestuário, calçados e acessórios, representa quanto da mão de obra do estado mineiro?
Machado Junior - Representa um setor gigantesco e presente em todas as regiões do estado. Falamos do segundo maior empregador de Minas Gerais, com mais de 130 mil postos de trabalho gerados em cerca de 10 mil empresas diferentes. Ao gerarmos negócios para essa cadeia produtiva, fortalecemos as nossas empresas e criamos oportunidades de emprego, renda e de qualidade de vida em todo o estado. Ao realizar o Minas Trend, Sistema Fiemg, sindicatos, empresários e trabalhadores são responsáveis, juntos, por construir um segmento próspero e capaz de enfrentar e superar momentos adversos.

Novos talentos da moda mineira

Estilista Fábio Resende é um dos participantes do concurso Ready to Go

Estilista Fábio Resende é um dos participantes do concurso Ready to Go


ANA FRITSCH/ESPECIAL/JC
Um dos diferenciais do Minas Trend é unir negócios e atividades de moda em um único local, com desfiles, exposições e palestras. O evento também é palco de dois concursos responsáveis por lançar novos designers e marcas no mercado nacional. Um deles, o Ready to Go, promovido pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest), disponibiliza às marcas iniciantes consultoria de estilo e orientações sobre gestão e comunicação.
"É uma oportunidade para as marcas jovens terem contato real com o mercado. É um test drive", explica Tereza Santos, idealizadora do concurso, que está em sua 11a edição. Ela afirma que as grifes vencedoras recebem, na edição seguinte do evento, um estande individual no salão de negócios, além de poderem desfilar no Minas Trend.
Neste evento estão presentes 12 marcas, todas concentradas em um grande estande. A Miêtta, do estilista Fábio Resende, participa pela segunda vez do concurso, cujo resultado será divulgado na quinta-feira, dia 5. "Estou ansioso e numa esperança absurda", diz ele.
A coleção da Miêtta – apelido de Maria Ernestina Santiago, uma das pioneiras nos direitos políticos no Brasil, como explica Resende – , é uma moda sem gênero, toda de malha, com a mesma modelagem em três diferentes comprimentos. "Como trabalho muito com moda festa, conheço as técnicas de bordado, que aplico em algumas pecas", diz.
O outro concurso, o Empresa Tendência, é promovido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e é voltado aos pequenos produtores da indústria de moda do estado.

Anne Est Folle desfila na quarta

Renata Manso antecipa novidades da coleção inverno 2018 da grife Anne Est Folle

Renata Manso antecipa novidades da coleção inverno 2018 da grife Anne Est Folle


Fred Garzão/Divulgação/JC
Uma das marcas mais aguardadas e que já desfilou em outras edições é a Anne Est Folle, de Belo Horizonte (MG). Renata Manso, diretora criativa e de estilo da grife, explica que será o quinto desfile no Minas Tred. “Estamos no evento desde o nascimento da marca. Começamos oficialmente em 2012, apresentando o verão 2013, por meio do programa do Sindivest (Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Minas Gerais), que oferece espaço para marcas que estão começando”, diz.
A grife tem uma pegada mais conceitual. “Uma particularidade que fomos criando com o tempo é a estamparia em tecido nobre”, explica Renata. Além da seda pura, a nova coleção promete estar repleta de linho, viscose, jacquard, fios de pura lã de alpaca e merino para os tricôs feitos a mão. “Temos muita pesquisa de matéria, fibras nobres e tecidos sofisticados. Também vamos desfilar peças mais arredondadas, como saias evasês e mangas com volume”, adianta a diretora criativa. A coleção traz, também, casacos trench-coat e overcoats, além dos vestidos retos e amplos.
Segundo Renata, a coleção inverno 2018 faz um apanhado do que inspira a marca ao longo do tempo, como as pinturas de David Hockney, os florais da década de 1920, as pinturas gestuais digitalizadas e os trabalhos de tie dye. “A coleção é uma grande mistura de décadas”, brinca.
Os acessórios são da marca. “Produzimos todos os sapatos para o styling, como ankleboots em pesados solados de tênis, e os tricôs”. A paleta de cores permeia clássicos como preto, branco, azul marinho e verde escuro, até os tons de vermelho alaranjado vivo, cobre, dourado e turquesa acinzentado.

Exposição alerta para a importância de exames preventivos

O fotógrafo Marcio Rodrigues abriu seu arquivo pessoal com 45 fotos de modelos famosas para a exposição “Minhas Amigas do Peito”, com o objetivo de divulgar, também no universo fashion, sobre a importância da mamografia para a prevenção do câncer de mama. Entre as modelos fotografadas estão Carmelita, Taine Garcia, Ariel Moura e Betinha Heinz.
“Se há tantas pessoas que se espelham nessas modelos para o consumo de bens, por que não se espelhar nelas e passar a fazer a mamografia na faixa etária adequada?”, diz o fotógrafo.
Também está sendo distribuída no evento uma cartilha com informações sobre o câncer da mama e a importância dos exames preventivos para a detecção da doença em seu estágio inicial, período no qual as chances de tratamento e cura são reconhecidamente maiores.
Serviço