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Economia

- Publicada em 02 de Outubro de 2017 às 14:05

Bolsas da Europa fecham em alta, mas Madri destoa e cede mais de 1%

Agência Estado
Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta segunda-feira (2), iniciando o último trimestre do ano em tom majoritariamente positivo após dados acima do esperado da economia europeia. No entanto, a violência na Catalunha, após o plebiscito pela separação da região espanhola, fez com que a Bolsa de Madri destoasse das demais e cedesse mais de 1%. O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em alta de 0,37% (+1,44 ponto), aos 389,60 pontos.
Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta segunda-feira (2), iniciando o último trimestre do ano em tom majoritariamente positivo após dados acima do esperado da economia europeia. No entanto, a violência na Catalunha, após o plebiscito pela separação da região espanhola, fez com que a Bolsa de Madri destoasse das demais e cedesse mais de 1%. O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em alta de 0,37% (+1,44 ponto), aos 389,60 pontos.
Na manhã desta segunda-feira, a IHS Markit informou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da zona do euro passou de 57,4 em agosto para 58,1 em setembro, atingindo o maior nível em 79 meses. O resultado, no entanto, veio pouco abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço a 58,2, como indicava a leitura preliminar. Além disso, a taxa de desemprego permaneceu em 9,1% em agosto, no menor nível desde 2009, como esperado pelo mercado.
Os dados positivos abriram caminho para que a ida às compras predominasse nos pregões em solo europeu. Apesar disso, a política falou mais alto na Espanha, onde a violência foi a principal característica do plebiscito pela independência da Catalunha realizado no último domingo.
De acordo com autoridades regionais, mais de 800 pessoas ficaram feridas durante o evento, enquanto o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, defendeu a atuação das forças de segurança ao afirmar que elas cumpriram com a obrigação de "manter a ordem" e atuaram com firmeza e serenidade.
De acordo com o governo regional da Catalunha, 90% dos eleitores votaram a favor da independência. Nesta segunda-feira, os líderes catalães se reuniram a portas fechadas para discutir os próximos passos em seu plano de declarar a secessão da Espanha. O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu uma mediação internacional para resolver a crise gerada pelo plebiscito, enquanto a União Europeia afirmou que não irá reconhecer a votação, apesar de ter pedido diálogo entre as partes.
Dado o panorama de caos na Espanha, a consultoria de risco político Eurasia Group rebaixou a trajetória de curto prazo do país de "neutra" pra "negativa", afirmando que a intervenção do governo central de Madri provocou choques generalizados, mas não conseguiu evitar que um grande número de catalães participasse da votação.
De acordo com a consultoria, o rebaixamento se deve ao fato de que, "embora a votação careça de legitimidade básica, uma declaração de independência unilateral é provável, o que deve convidar a uma resposta ainda mais forte por parte de Madri".
Nesse cenário, o euro operou em queda ante outras moedas consideradas fortes, chegando a ser cotado a US$ 1,1729 e a 132,21 ienes nas mínimas do dia enquanto as bolsas europeias estavam abertas. Já o índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, fechou em queda de 1,21%, aos 10.255,70 pontos, com bancos liderando as perdas. Santander e BBVA perderam 1,61% e 2,37%, respectivamente, enquanto os bancos catalães CaixaBank e Banco de Sabadell cederam 4,43% e 4,53%.
Segundo dados da Tradeweb, o juro do bônus espanhol de 10 anos subiu a 1,7%, após investidores venderem títulos do país nesta segunda-feira, fazendo com que o spread com o rendimento dos Bunds alemães de 10 anos subisse para 125 pontos-base, no maior nível em quase quatro meses.
De acordo com o Unicredit, os títulos do governo espanhol também ficaram para trás na comparação com outros pares na zona do euro: o spread espanhol-francês subiu para 96 pontos-base, enquanto o spread espanhol-britânico avançou para 37 pontos-base.
No Reino Unido, as atenções também estiveram voltadas para a política. No domingo, o Partido Conservador, da primeira-ministra britânica Theresa May, iniciou sua conferência anual em Manchester. O partido está dividido em relação a como lidar com o processo de saída do país da União Europeia (Brexit), apesar de May ter minimizado essas divisões no domingo.
Na macroeconomia, a IHS Markit relatou que o PMI industrial britânico caiu de 56,7 em agosto para 55,9 em setembro, enquanto analistas previam recuo menor, para 56,4. O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 0,90%, na máxima, aos 7.438,84 pontos. Entre as mineradoras, a Glencore subiu 2,57% e a Rio Tinto ganhou 2,29%.
Já na Alemanha, o PMI industrial atingiu o maior nível desde abril de 2011, ao avançar de 59,3 em agosto para 60,6 no mês passado, em linha com o previsto por analistas. Em Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,58%, aos 12.902,65 pontos, sustentado pelo avanço de 1,15% da E.ON e de 3,45% nos papéis da Lufthansa.
O índice CAC-40, de Paris, subiu 0,39%, aos 5.350,44 pontos. No fim de semana, um homem esfaqueou duas mulheres em uma estação de trem de Marselha, antes de ser baleado por soldados presentes no local. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ato em comunicado divulgado por sua agência de notícias, a Amaq.
A notícia fez com que um sentimento de cautela predominasse nos negócios iniciais em solo parisiense, mas o otimismo das outras grandes bolsas fez o mercado parisiense operar em alta. Entre os bancos franceses, o BNP Paribas avançou 0,29% e o Société Générale expandiu 0,61%.
Em Milão, o índice FTSE-Mib fechou na máxima, com alta de 0,51%, aos 22.811,19 pontos. Já a Bolsa de Lisboa foi contagiada pelo mau humor de Madri e caiu 0,19%, aos 5.399,04 pontos.
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