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Cultura

- Publicada em 09 de Outubro de 2017 às 08:48

'O modelo tem de continuar', diz Burlamaque sobre a temporada 2017 da Jornada Literária

Mais próximo do público, com atividades na rua e em bares, além da lona, o evento literário voltou renovado após dois anos

Mais próximo do público, com atividades na rua e em bares, além da lona, o evento literário voltou renovado após dois anos


/GELSOLI CASAGRANDE/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
"As pessoas voltaram para a Jornada com saudade, depois de quatro anos." A definição é de Miguel Rettenmaier, um dos coordenadores da festa literária encerrada neste fim de semana, em Passo Fundo. Com ações descentralizadas somadas à programação no espaço principal, o evento movimentou outros pontos do campus e até da cidade. "O modelo tem que continuar, possivelmente com alguma adaptação a partir das avaliações que faremos", completa a também organizadora Fabiane Burlamaque, já sinalizando uma 17ª edição da Jornada Nacional de Literatura para 2019. "Ela vai voltar a ser de dois em dois anos", confirma.
"As pessoas voltaram para a Jornada com saudade, depois de quatro anos." A definição é de Miguel Rettenmaier, um dos coordenadores da festa literária encerrada neste fim de semana, em Passo Fundo. Com ações descentralizadas somadas à programação no espaço principal, o evento movimentou outros pontos do campus e até da cidade. "O modelo tem que continuar, possivelmente com alguma adaptação a partir das avaliações que faremos", completa a também organizadora Fabiane Burlamaque, já sinalizando uma 17ª edição da Jornada Nacional de Literatura para 2019. "Ela vai voltar a ser de dois em dois anos", confirma.
Uma amostra para ilustrar a adesão do público que não conseguiu se inscrever na programação - uma preocupação dos realizadores, que queriam mais inclusão na comunidade - foi o espetáculo Jornada de livros e sonhos. A apresentação, que mistura literatura, teatro, circo, dança e música, foi encenada inicialmente na abertura do evento, ainda na segunda-feira passada. Nos dias posteriores, as crianças da programação da Jornadinha - que trabalha na formação de leitores - assistiram à montagem. Na quarta-feira, foi anunciada uma sessão extra para o dia seguinte, aberta ao público, que aproveitou a oportunidade, comparecendo em bom número.
Os organizadores também saudaram a recepção do projeto Leituras boêmias, no qual alguns escritores se dirigiram a bares no centro da cidade após a programação tradicional. Autores como Alice Ruiz, Cintia Moscovich, Felipe Pena, Tico Santa Cruz e Zeca Camargo foram alguns dos nomes que participaram da iniciativa. "Muitas das pessoas que viram os saraus não estavam na Jornada. É uma ideia que veio para ficar", vislumbra Fabiane.
Já os painéis de debate, com presença de escritores e pesquisadores, não chamaram a atenção apenas pelas personalidades que passaram pelo Palco da Compadecida ou pelo nível das conversas. Mais de uma vez, por volta das 21h30min, cerca de meia hora antes do fim das atividades, parcela considerável dos espectadores já estava deixando o centro de eventos da universidade.
Nos bastidores, alguns participantes das mesas chegaram a se questionar se o formato não era longo demais para o público àquela hora da noite. Os coordenadores do evento, entretanto, minimizam a situação. De acordo com eles, a saída antecipada de parte da plateia deve-se ao fato de muitos dos inscritos irem a Passo Fundo a partir de outras cidades.
O depoimento do autor argentino Federico Andahazi também corrobora o sucesso da programação. "Nunca vi tanta gente reunida para falar de literatura", afirmou ele, durante a sua participação, antes de citar outros países onde já esteve em eventos semelhantes.
Outra novidade da 16ª edição foi o Caminho das Artes, em um trecho fechado na rua Independência, na área central de Passo Fundo. O espaço reuniu diferentes expressões artísticas, com intervenções, shows musicais e poesia na parte da noite. Enquanto o campus recebia os escritores, longe dali caminhantes entraram em contato com a cultura em via pública, gratuitamente. "É uma tentativa de fazer com que as pessoas transitem com uma referência em comum, que é a arte", destaca Rettenmaier, citando que a jornada foi além da literatura. "Na quarta-feira tivemos um espetáculo de dança contemporânea (Não me toque, estou cheia de lágrimas, apresentado antes de discussão sobre Clarice, Drummond, Scliar e Suassuna) para duas mil pessoas".
Depois anos após ser cancelada, a Jornada Literária de Passo Fundo voltou renovada, mais integrada à cidade e seus leitores. Que venha a edição de 2019.
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