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JC Logística

- Publicada em 10 de Outubro de 2017 às 21:33

Galeria carioca preservará memória da zona portuária

Acervo mostra região próxima da Praça Mauá e Morro da Providência

Acervo mostra região próxima da Praça Mauá e Morro da Providência


/MARCELO HORN/GOVERNO DO RIO/JC
O Rio de Janeiro inaugurou a Galeria Novocais, em Santo Cristo, na região portuária. Com dois andares e área de 312 metros quadrados, o local será dedicado à memória da região que já foi o principal polo econômico da cidade. A mostra permanente, Porto Cidade - a Memória do Lugar, resgata a história urbana e cultural da zona portuária, em um recorte entre os anos de 1800 e 1980 passando pelo porto desde a Praça Mauá, Morro da Providência, Morro da Conceição, Santo Cristo, Gamboa, Saúde até o centro da cidade.
O Rio de Janeiro inaugurou a Galeria Novocais, em Santo Cristo, na região portuária. Com dois andares e área de 312 metros quadrados, o local será dedicado à memória da região que já foi o principal polo econômico da cidade. A mostra permanente, Porto Cidade - a Memória do Lugar, resgata a história urbana e cultural da zona portuária, em um recorte entre os anos de 1800 e 1980 passando pelo porto desde a Praça Mauá, Morro da Providência, Morro da Conceição, Santo Cristo, Gamboa, Saúde até o centro da cidade.
Estão expostas na galeria mais de 300 imagens de acervos como os do Instituto Moreira Salles, Museu da Imagem e do Som, a Biblioteca Nacional, Docas, Marinha, O Globo e Jornal do Brasil, além de desenhos de Heitor dos Prazeres. Na mostra, os trabalhos foram reproduzidos com a tecnologia backligth, ou seja, impressão disposta em armações com iluminação interna por trás das imagens.
Segundo a curadora, a arquiteta Ana Borelli, que também projetou a cenografia do espaço, no térreo foi exposta a "malha afetiva" da região portuária, passando por fotografias do século 19 e com destaque para a primeira obra da região, entre 1903 e 1911, quando foi feito o aterro e o construído o porto. A linha cronológica vai até as obras do Elevado da Perimetral, demolido em 2013 e 2014, e termina em 1980. Ela destacou que a galeria também contribui para a revitalização da região portuária.
Para incluir os moradores da região, foi montada a sala Sebastião Pires - Em Busca do Tempo Perdido, dedicada ao fotógrafo nascido e criado no Morro do Pinto e que registrou entre as décadas de 1940 e 1970 a vida cotidiana e festiva nos morros da região. Guardiã do acervo de Pires, a moradora do Morro da Providência Aline Mendes contou que, após uma conversa sobre a exposição do gravurista Rossini Perez no Museu de Arte do Rio (MAR), ela lembrou-se do trabalho de Tião, como era conhecido Sebastião Pires, e passou meses procurando por ele. Até encontrá-lo uma semana antes de sua morte, em 2015, no Hospital Souza Aguiar.
Isabel Pires, irmã de Sebastião, se emocionou ao ver exposto em uma galeria o trabalho que ele fazia como hobbie e para conseguir uma renda extra. "É muito bom mesmo o trabalho dele ser reconhecido. Ele nem sonhava na vida dele ter um negócio desse, mesmo depois de morto. Antigamente não tinha esse negócio de celular, então o negócio mesmo era foto, ele adorava a profissão e passava o fim de semana todo fotografando. Ele fotografou por mais de 30 anos, então tem muita coisa."
Completa a galeria uma homenagem ao músico Ernesto Nazareth, nascido no Santo Cristo em 1903, com o espaço Nazareth Celestial. São três salas de conteúdo imersivo e interativo dedicados à vida e obra do compositor de choros clássicos como Odeon e Brejeiro. Na abertura do espaço, a pianista Maria Teresa Madeira, que lançou no ano passado um box com 12 CDs contendo a obra completa do artista, num total de 215 músicas, fez um recital em tributo ao compositor. De acordo com ela, os espaços onde ele viveu refletem-se em sua música.
 
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