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Empresas & Negócios

- Publicada em 23 de Outubro de 2017 às 15:05

MPEs derrubam produtividade

Entre as expectativas otimistas está a possibilidade de diminuir o risco de calote para as pequenas empresas

Entre as expectativas otimistas está a possibilidade de diminuir o risco de calote para as pequenas empresas


JANNOON028-FREEPIK.COM/JANNOON028-FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
As pequenas empresas são as principais responsáveis pela baixa produtividade brasileira, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A pesquisa constatou que há uma lacuna grande entre o nível de produtividade das grandes e médias companhias e o das de pequeno porte. A razão entre o desempenho das empresas maiores e das menores era de 1,73 até 2012, indicam os dados mais recentes obtidos pelo estudo.
As pequenas empresas são as principais responsáveis pela baixa produtividade brasileira, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A pesquisa constatou que há uma lacuna grande entre o nível de produtividade das grandes e médias companhias e o das de pequeno porte. A razão entre o desempenho das empresas maiores e das menores era de 1,73 até 2012, indicam os dados mais recentes obtidos pelo estudo.
O período de crise econômica, não contemplado na pesquisa, poderá ter agravado a situação, avalia Mauro Oddo, pesquisador do Ipea responsável pelo estudo. O aumento da informalidade nos últimos anos é um dos fatores que podem ter reduzido ainda mais a produtividade das companhias menores. 
"O universo informal não é contemplado por políticas públicas, não oferece qualificação aos trabalhadores nem utiliza linhas de crédito. Isso reduz a possibilidade de a empresa inovar e desenvolver seus processos internos."
Mesmo as empresas regularizadas apresentam um alto grau de informalidade - o que o estudo chama de "semiformalidade". É o caso das companhias que fazem caixa-2 ou não assinam a carteira de seus funcionários.
Outro problema do setor é que, embora existam muitos programas e entidades governamentais voltadas às pequenas empresas, falta direcionamento aos projetos e há uma escassez de dados para analisar o segmento.
"Há uma heterogeneidade grande entre as MPEs. As necessidades de uma birosca no interior são muito diferentes de uma companhia incubada. Temos uma miríade enorme de políticas públicas, mas com baixa eficácia, porque não sabem aonde querem chegar."
Por conta dessa diversidade, o estudo constata que, mesmo entre as pequenas, há empresas com nível de competitividade e de inovação equivalente ao das grandes e ao de países desenvolvidos. Entre 2009 e 2012, 53% dos lançamentos de produtos inovadores vinham de companhias de pequeno porte.
Uma saída interessante para que as PMEs consigam expandir sua competitividade é um maior investimento em inovação direcionada ao mercado interno, avalia Oddo. "A inovação não precisa ser algo necessariamente de alta tecnologia. Faltam soluções que atendam às necessidades nacionais."
Após um longo período de alta inadimplência e baixo crédito às companhias pequenas e médias, o risco de calote no segmento está perto do fim, afirmou o Banco Central (BC). Os atrasos nos pagamentos das PMEs retrocederam ao mais baixo patamar desde agosto de 2015, aponta o Relatório de Estabilidade Financeira da instituição.
Embora o percentual de créditos considerados problemáticos tenha atingido, em maio, o nível mais alto em quase cinco anos, o BC ressaltou a melhora do indicador entre as empresas de menor porte: a taxa recuou de 14,31%, em maio, para 14,03%, em junho. Segundo o diretor de fiscalização do BC, Paulo Souza, com os bancos com melhor rentabilidade neste ano, eles deverão voltar a oferecer crédito a pequenas empresas.
 
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