Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 26 de Setembro de 2017 às 22:25

'Intervenção militar não é solução', diz general Pujol

Pujol afirma que restrição no orçamento vai diminuir capacidade de atuação militar

Pujol afirma que restrição no orçamento vai diminuir capacidade de atuação militar


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bruna Suptitz
"Se queremos que a legislação seja diferente, precisamos, pelo processo da democracia, mudar as leis", respondeu o general Edson Leal Pujol, comandante militar do Sul, quando questionado ontem, em evento da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), se a intervenção militar viria antes de o governo federal terminar de vender ou alienar empresas estatais criadas no período do regime militar no Brasil.
"Se queremos que a legislação seja diferente, precisamos, pelo processo da democracia, mudar as leis", respondeu o general Edson Leal Pujol, comandante militar do Sul, quando questionado ontem, em evento da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), se a intervenção militar viria antes de o governo federal terminar de vender ou alienar empresas estatais criadas no período do regime militar no Brasil.
"Intervenção militar não é a solução", continuou, repercutindo a polêmica declaração do general Antônio Hamilton Mourão, secretário de economia e finanças do Exército, proferida em um evento particular no início do mês, de que os militares poderiam impor uma intervenção no País. Pujol sustenta que "não há nenhuma consideração sobre o que o general Mourão falou. Interessa a posição da instituição".
Antes da palestra, em entrevista a jornalistas, o general Pujol atribuiu ao Exército a função de ser o "fiel da balança" para que as instituições brasileiras possam desenvolver seu papel constitucional. "Hoje, as instituições, apesar de toda turbulência, estão funcionando e cumprindo o seu papel", sustenta. "Não somos um ente político, e é bom que não sejamos", completa.
Diante do exemplo do recente caso de uso do contingente militar na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, em que o governo daquele estado buscou apoio das Forças Armadas para controlar o avanço da criminalidade e do tráfico de drogas, Pujol reforçou a tese de que "o emprego do Exército não é a solução", e que essa passa por áreas como educação, trabalho, saúde e infraestrutura, assim como por uma "reforma da legislação criminal, de dar melhores condições ao sistema prisional".
Ao fim da palestra, o general Pujol manifestou preocupação com o contingenciamento do orçamento do Exército, que para este ano é próximo de 45%, bem como com a legislação do teto de gastos en nível federal, a qual determina que, para os próximos 20 anos, o orçamento tenha como base o executado em 2017 com correção inflacionária.
"Hoje, ainda temos capacidade de cumprimento da missão face ao acumulado nos últimos anos. Mas a tendência é que a capacidade vá diminuindo progressivamente", alertou. Ainda assim, antes, em entrevista à imprensa, disse que não é prioridade do Exército atuar na economia do País.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO