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Política

- Publicada em 20 de Setembro de 2017 às 19:44

Comandante condiciona intervenção a 'princípios legais'

Villas Bôas (com temer) diz que "intervenção" militar poderia ocorrer com pedido dos poderes

Villas Bôas (com temer) diz que "intervenção" militar poderia ocorrer com pedido dos poderes


BETO BARATA/PR/JC
Em palestra na mesma loja maçônica em que o general Antonio Hamilton Mourão falou em "impor uma solução" para a crise política no País, o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse que uma "intervenção" militar poderia ocorrer a partir de uma iniciativa do Executivo, Legislativo ou Judiciário, mas que as Forças Armadas pretendem ser "protagonistas silenciosos" da crise.
Em palestra na mesma loja maçônica em que o general Antonio Hamilton Mourão falou em "impor uma solução" para a crise política no País, o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse que uma "intervenção" militar poderia ocorrer a partir de uma iniciativa do Executivo, Legislativo ou Judiciário, mas que as Forças Armadas pretendem ser "protagonistas silenciosos" da crise.
"Poderemos, eventualmente, ser empregados, mas sempre condicionados por princípios legais e como reza o artigo 142 (da Constituição), por iniciativa de um dos Poderes. E pagamos um preço caro até hoje exatamente por, em alguns eventos, não termos observado esse princípio", disse Villas Bôas.
A reportagem indagou nesta terça-feira, por meio da assessoria do Exército, que "eventos" seriam esses, e se incluíam o golpe militar de 1964, e também pediu que o general comentasse trechos do seu pronunciamento, mas não houve resposta até a conclusão deste texto.
A referência do comandante ao artigo 142 da Constituição é uma interpretação de Villas Bôas sobre o texto, que nada fala sobre "intervenção militar", expressão inexistente na Carta. O artigo se refere a operações para garantia de lei e da ordem, como as realizadas atualmente no Rio de Janeiro para combate ao crime organizado. A palestra de Villas Bôas ao grupo da maçonaria Grande Oriente do Brasil ocorreu em 17 de março, seis meses antes da fala de Mourão, na sexta-feira.
Em entrevista veiculada nesta terça-feira, ao comentar o caso, o comandante do Exército afirmou que o subordinado não receberá punição pelas declarações. O vídeo com a fala de Villas Bôas em março está disponível no site da maçonaria e não indica o local de realização da palestra. A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou ontem um requerimento para ouvir esclarecimentos do general Mourão.
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