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Eleições 2018

- Publicada em 18 de Setembro de 2017 às 21:53

Doria defende legitimidade do governo Michel Temer

Prefeito João Doria palestrou na Associação Leopoldina Juvenil

Prefeito João Doria palestrou na Associação Leopoldina Juvenil


/FREDY VIEIRA/JC
A exemplo dos pré-candidatos à presidência da República que já passaram por Porto Alegre neste ano - como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) -, o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), negou, nesta segunda-feira, que estivesse fazendo campanha eleitoral em sua palestra no Fórum de Gestão do Rio Grande do Sul, na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre. "Não estou aqui como pré-candidato, mas como prefeito de São Paulo, que quer contribuir com a gestão pública", declarou. Apesar disso, ao longo da sua explanação, abordou o cenário eleitoral de 2018, caminhando com o microfone na mão entre as mesas onde o público almoçava.
A exemplo dos pré-candidatos à presidência da República que já passaram por Porto Alegre neste ano - como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) -, o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), negou, nesta segunda-feira, que estivesse fazendo campanha eleitoral em sua palestra no Fórum de Gestão do Rio Grande do Sul, na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre. "Não estou aqui como pré-candidato, mas como prefeito de São Paulo, que quer contribuir com a gestão pública", declarou. Apesar disso, ao longo da sua explanação, abordou o cenário eleitoral de 2018, caminhando com o microfone na mão entre as mesas onde o público almoçava.
Em vários momentos, Doria demonstrou intimidade com a plateia, agradecendo nominalmente a presença de convidados, como o governador em exercício, José Paulo Cairoli (PSD), a deputada federal Yeda Crusius (PSDB) e o prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Também assistiram à palestra o senador Lasier Martins (PSD), o presidente estadual do PP, Celso Bernardi, e os deputados estaduais Gabriel Souza (PMDB), Lucas Redecker (PSDB) e Marcel van Hattem (PP), além de prefeitos tucanos.
O palestrante - que disputará prévias dentro do PSDB com Alckmin se permanecer na sigla, o que já se especula que pode não ocorrer - fez elogios ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), cujo partido é um dos possíveis aliados dos tucanos no pleito presidencial do ano que vem. Depois da palestra, ao conversar com jornalistas, Doria defendeu uma ampla aliança em torno da candidatura tucana ao Planalto, independentemente de quem seja o candidato. Conforme ele, o partido deve escolher o presidenciável até março de 2018.
"Este governo está fazendo uma boa política econômica, sob a coordenação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Estão corrigindo o mal feito pela política irresponsável e até criminosa do governo anterior (de Dilma Rousseff, PT)", declarou - o que foi ouvido com atenção pelo líder do governo José Ivo Sartori (PMDB) na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Gabriel Souza, homem próximo ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB).
Também disse aos repórteres que Temer tem legitimidade para governar e fazer as reformas tributária e previdenciária - mesmo com as denúncias de obstrução da Justiça e formação de organização criminosa, apresentadas na semana passada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Temer tem legitimidade para exercer o poder, porque está exercendo democraticamente. Após o impedimento de Dilma, foi legítimo e constitucional. Então, enquanto ele estiver governando, tem legitimidade. Mas claro que todas as denúncias têm de ser investigadas", sustentou diante dos microfones e câmeras.
Ainda na palestra, ao condenar a polarização política instalada no País, Doria alfinetou sutilmente os pré-candidatos de extrema-direita, como Bolsonaro, e os de extrema-esquerda. "Queremos entrar em 2018 com os extremismos de esquerda e direita? Não! Não queremos mais intolerância. Queremos um debate democrático sem mentiras. Queremos lutar pelo Brasil. Podem contar comigo. E, para isso, não preciso me candidatar a nada", afirmou - sendo imediatamente ovacionado.
Por outro lado, desferiu críticas diretas ao partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): "Muita gente diz que tenho fixação pelo PT. Não é verdade. Apenas vejo a realidade e o mal que esse partido fez ao País. E temos que estar atentos, porque a volta desse partido não é uma coisa distante". Ao final da apresentação, Doria se despediu ao som da música que embalava as vitórias do automobilista Ayrton Senna. Aos jornalistas disse que as despesas para a agenda em Porto Alegre foram pagas por ele mesmo. 

Lideranças do partido avaliam enfrentamento com Alckmin

Correligionários do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, e seu antecessor, Eduardo Leite, também participaram do almoço. Ambos avaliaram as chances de Doria na disputa interna com o governador Geraldo Alckmin, que deve acontecer até março de 2018, quando será escolhido o candidato do PSDB ao Planalto.
Paula comparou os dois perfis. "Doria está fazendo uma revolução na gestão pública, trazendo coisas novas e tendo uma aceitação popular. Porém, tem nove meses de experiência no setor público. Talvez fosse bom para ele e o partido dar sequência ao seu trabalho na cidade de São Paulo, que é vitrine para todo o mundo", avaliou Paula. E prosseguiu: "Alckmin já se mostrou um grande gestor, tanto na prefeitura quanto no estado. Tem um currículo respeitadíssimo no Brasil. Fico feliz de estar em um partido com dois pré-candidatos muito fortes".
Tratado como pré-candidato ao governo gaúcho, Leite foi sucinto: "Na hora certa, o partido vai saber escolher não só o que tem o melhor perfil para ser presidente, mas também o candidato mais competitivo".