Por unanimidade de votos, os vereadores de Caxias do Sul decidiram pelo arquivamento do Documento Externo nº 358/2017 por meio do qual o bacharel em Direito João Manganelli Neto denunciou supostas infrações político-administrativas e alegado crime de responsabilidade contra o prefeito Daniel Guerra (PRB). Dos 23 vereadores, apenas dois são considerados governistas. A votação ocorreu diante de uma plateia dividida entre apoiadores de Guerra e lideranças do movimento comunitário, como o presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter. Autor de um pedido de adiamento que postergou a apreciação da terça-feira passada para esta, Adiló Didomenico (PTB) garantiu que tentará averiguar os pontos da denúncia de Manganelli.
Gustavo Toigo (PDT) destacou que todos os pontos do documento externo serão reproduzidos em um pedido de informações ao Executivo, para que o prefeito se manifeste sobre em resposta ao Legislativo. Para ele, a denúncia carece de sustentação suficiente para caracterizar um crime de responsabilidade.
Alberto Meneguzzi (PSB) ponderou que esse momento democrático sirva ao prefeito como aprendizado ao diálogo e ao respeito, a fim de superar crises, como as da saúde e da segurança. Elói Frizzo (PSB) ressaltou que já vem alertando para a perda de governabilidade da atual administração. Para Renato Oliveira (PCdoB), o prefeito teria que, de fato, começar a governar a cidade.
Renato Nunes (PR), da base do governo, classificou como palhaçada e sem fundamentação jurídica o pedido de impeachment.