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Opinião

- Publicada em 28 de Setembro de 2017 às 15:45

A falência do sistema político e a reforma política

Em 2018, teremos eleições gerais. Possivelmente com poucas mudanças em relação aos pleitos anteriores, pois não será possível fazer muita coisa na reforma política até a próxima semana, prazo limite para aprovar mudanças que entrem em vigor na eleição do próximo ano.
Em 2018, teremos eleições gerais. Possivelmente com poucas mudanças em relação aos pleitos anteriores, pois não será possível fazer muita coisa na reforma política até a próxima semana, prazo limite para aprovar mudanças que entrem em vigor na eleição do próximo ano.
Os partidos políticos, hoje, na maioria, não estão mais inspirando confiança junto ao eleitorado. Na propaganda gratuita, vê-se e ouve-se mais do mesmo, com frases e promessas das quais, em princípio, ninguém discorda. O problema é que ou não se diz como chegar a tal objetivo ou, no poder, esquecem-se das promessas.
Assim, temos de mudar essa sistemática, marcada por um pluripartidarismo que obriga a formação dos chamados governos de coalizão. O atual modelo perdeu a validade, não atende mais ao País, não importando quem esteja no poder.
Com as investigações da Operação Lava Jato e outras, ficou evidente também que existe uma relação promíscua no fluxo de dinheiro, de empresas que têm obras em governos e no financiamento de políticos e partidos, um caso em que não há inocentes. O fato é que estamos diante de um modelo que fracassou, na opinião generalizada.
Muitos pregam o fim da reeleição e o mandato de cinco anos, além de reforçar a campanha para limitar o número de partidos políticos. Isso é uma necessidade pela quantidade de siglas existentes e pelo grande número de outras que estão à espera de registro, além da troca de nomes, como se isso pudesse melhorar o conceito que os brasileiros têm dos que hoje as compõem.
Sabe-se que existem empresas especializadas em conseguir assinaturas para a criação dessas legendas. É a mercantilização da política brasileira em sua essência. Não temos, obviamente, tantos matizes ideológicos que justifiquem tantos partidos.
Enquanto isso e no que interesse mais imediatamente, o Brasil subiu uma posição no ranking de competitividade, ficando na 80ª posição entre 137 países avaliados. Porém, o País é o último colocado em termos de confiança da população na classe política, aponta relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial.
Pelo mundo, institutos parceiros do Fórum Econômico Mundial realizaram cerca de 15 mil entrevistas. No Brasil, a pesquisa foi realizada pela Fundação Dom Cabral, que ouviu 103 executivos entre março e maio deste ano. Precisamos criar um modelo que permita a mudança de governo - em caso de uma crise como a atual - que não seja tão traumático quanto o impeachment. Grande parte do que está acontecendo se deve ao sistema político do País.
Felizmente, os Poderes estão funcionando, e a prova mais recente foi o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pelo Supremo Tribunal Federal, além do seu recolhimento ao domicílio no período noturno.
Quando acusado e afastado anteriormente do Senado, Aécio acabou sendo reconduzido, o que frustrou a opinião de milhões de brasileiros. Apesar dos pensamentos contrários, de que há seletividade nas investigações da Procuradoria-Geral da República, agora sob o comando de Raquel Dodge, isso não está em linha com a realidade. Acontece, porém, que os códigos penais brasileiros têm muitas filigranas jurídicas e permitem que processos e julgamentos se arrastem além do que se considera tolerável.
Entretanto, os tribunais apenas aplicam o que está nas leis, e quem as elabora é o Congresso Nacional, sabemos. Da mesma forma, quem elege os parlamentares municipais, estaduais e o Congresso somos nós, eleitores. Então, pensar bem na hora de votar é muito importante. E o voto ao Legislativo é fundamental.
 
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