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Opinião

- Publicada em 18 de Setembro de 2017 às 15:26

Revolução Farroupilha é incentivo a dias melhores

Que o Rio Grande do Sul está passando por momentos cruciais na área financeira, isso é por demais sabido. Os motivos são muitos, e não se iniciaram há pouco, nem são culpa, especificamente, deste ou daquele governo. Temos uma recessão na economia nacional que recém dá os primeiros sinais de reação.
Que o Rio Grande do Sul está passando por momentos cruciais na área financeira, isso é por demais sabido. Os motivos são muitos, e não se iniciaram há pouco, nem são culpa, especificamente, deste ou daquele governo. Temos uma recessão na economia nacional que recém dá os primeiros sinais de reação.
Pois nesses dias, lembra-se da Revolução Farroupilha, de 20 de setembro de 1835. O que passou à história foi o heroísmo dos que lutaram pelos ideais republicanos. Verdade que, ao fim, a guerra contra o império foi perdida. Porém, tivemos a clarividência de Dom Pedro II e a pacificação promovida por ele, com o suporte militar do Duque de Caxias.
A Revolução Farroupilha é o símbolo do que há de melhor entre os feitos dos gaúchos desde o início da colonização da Província de São Pedro. O movimento levou à independência da província, dando origem à República Rio-Grandense, que estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.
A Revolução Farroupilha influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras e irradiou influência para a Revolução Liberal, que viria a ocorrer em São Paulo, em 1842; e para a revolta denominada Sabinada, na Bahia, em 1837; ambas de ideologia do Partido Liberal da época.
Inspirou-se na recém-finda guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé.
Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna (SC), com a República Juliana, e ao planalto catarinense de Lages. Teve como líderes o general Bento Gonçalves, general Netto, coronel Onofre Pires, coronel Lucas de Oliveira, deputado Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, general Davi Canabarro, coronel Corte Real, coronel Domingos de Almeida, major Vicente Ferrer de Almeida e muitos outros.
Também teve inspiração ideológica de italianos da sociedade secreta Carbonária refugiados, como o cientista e tenente Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além do capitão Giuseppe Garibaldi - que, mesmo não pertencendo à carbonária, se envolveu em movimentos republicanos na Itália.
A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade. Formou-se o famoso grupo dos lanceiros negros, que se destacaram nos combates e até hoje são lembrados.
Aí chegamos à dicotomia que impera no Rio Grande do Sul, pois há quem afirme que houve um massacre dos escravos que lutavam ao lado dos farroupilhas em Porongos, penúnltima batalha da guerra, em 1844, quando a derrota se tornou inevitável e o movimento se esvaía, sem recursos, armamento e combatentes, além da superioridade militar do Império do Brasil.
O que ficou para as gerações que se sucederam são os ideais republicanos e atos de heroísmo. Sirva, então, a data para que, unidos, os gaúchos alcancem soluções aos problemas do Estado. Não basta apenas reclamar e culpar, há que se apontar saídas, emergenciais ou não, para o déficit entre receitas e despesas.
Os farrapos lutaram por ideais de independência regional, mas eles jamais apagaram o coração pulsante pelo Brasil. Precisamos fazer parte de dias melhores, e não dos problemas apenas. Hoje, dá orgulho ver tremularem, quando dos desfiles, lado a lado, a Bandeira Nacional e a da República Rio-grandense.
 
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