Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 12 de Setembro de 2017 às 16:19

Transporte coletivo, isenções, demagogia

A partir da oficialização do contrato pós-licitação e início da operação em fevereiro de 2016, as empresas de ônibus de Porto Alegre adquiriram 296 veículos novos, destes, 210 com ar-condicionado. Para que não pesasse tanto na tarifa, o poder público estabeleceu que a inserção do equipamento fosse gradual, estando integralmente na frota em até 10 anos.
A partir da oficialização do contrato pós-licitação e início da operação em fevereiro de 2016, as empresas de ônibus de Porto Alegre adquiriram 296 veículos novos, destes, 210 com ar-condicionado. Para que não pesasse tanto na tarifa, o poder público estabeleceu que a inserção do equipamento fosse gradual, estando integralmente na frota em até 10 anos.
Atualmente, 34,22% dos coletivos da Capital têm ar-condicionado, e 77,17% têm acessibilidade para pessoas com deficiência. Os demais avanços, como o uso do GPS e da biometria facial, já estão em desenvolvimento e em breve poderão ser observados no serviço de transporte da cidade.
É preciso que se diga, contudo, que cada nova tecnologia empregada significa um custo para o passageiro, por isso a implantação precisa ser conduzida com responsabilidade, procurando minimizar o ônus ao usuário que paga passagem. Usuário este que, inclusive, já é prejudicado historicamente pela dita benevolência de alguns, acostumados a fazer "sombra com o chapéu alheio", já que todas as isenções oferecidas são assumidas por quem passa na roleta e paga sua tarifa.
O lucro das empresas está determinado em contrato e, embora hoje ele não se cumpra em função da perda de passageiros e do desequilíbrio econômico-financeiro enfrentado, não tem relação alguma com a inserção ou exclusão de benefícios. O único impactado é o usuário do ônibus. Hoje, 65% pagam mais para que 35% tenham isenções, sendo que nesses 65% há pessoas menos favorecidas custeando a tarifa da parcela isenta.
É lamentável que alguns líderes políticos prefiram adotar o discurso demagógico e promover um debate desconectado da realidade. Enquanto defendem tarifa menor ou até zero, defendem também a permanência de todas as gratuidades. Apesar de ser o cenário ideal, no modelo praticado é impossível. Quem financia tudo isso? Essa é a pergunta, e precisa de respostas sem demagogia.
Diretor da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP)
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO