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Internacional

- Publicada em 30 de Setembro de 2017 às 11:29

Ministro espanhol diz que plebiscito na Catalunha é paródia de democracia

Alfonso María Dastis critica o referendo na Catalunha

Alfonso María Dastis critica o referendo na Catalunha


JEWEL SAMAD/AFP/JC
Agência Estado
O ministro de Relações Exteriores da Espanha, Alfonso Dastis, criticou o plano do governo da Catalunha de realizar um plebiscito sobre a independência da região. "O que eles tentando fazer não é democracia. É uma paródia de democracia, uma imitação grotesca de democracia", disse Dastis em entrevista à Associated Press neste sábado. Ele acusa o governo catalão de tentar promover um sistema excludente que vai de encontro aos objetivos e ideais da União Europeia. Segundo ele, plebiscitos não podem ser igualados a democracia e são na verdade "o instrumento preferido de ditadores". O governo da Espanha mantém sua posição de que o plebiscito é inconstitucional. O Tribunal Constitucional do país suspendeu a votação, prevista para este domingo, mas autoridades da Catalunha disseram que pretendem realizar o plebiscito mesmo assim.
O ministro de Relações Exteriores da Espanha, Alfonso Dastis, criticou o plano do governo da Catalunha de realizar um plebiscito sobre a independência da região. "O que eles tentando fazer não é democracia. É uma paródia de democracia, uma imitação grotesca de democracia", disse Dastis em entrevista à Associated Press neste sábado. Ele acusa o governo catalão de tentar promover um sistema excludente que vai de encontro aos objetivos e ideais da União Europeia. Segundo ele, plebiscitos não podem ser igualados a democracia e são na verdade "o instrumento preferido de ditadores". O governo da Espanha mantém sua posição de que o plebiscito é inconstitucional. O Tribunal Constitucional do país suspendeu a votação, prevista para este domingo, mas autoridades da Catalunha disseram que pretendem realizar o plebiscito mesmo assim.
A polícia da Catalunha deu prazo até o domingo de manhã para que pais, alunos e ativistas desocupem escolas da região. Vários prédios foram ocupados para garantir que sejam usados como locais de votação. Pais que apoiam o plebiscito se organizaram para acampar durante o fim de semana nas escolas que estão entre os 2.315 locais de votação e impedir que elas fossem fechadas pela polícia.
Em toda a Europa, as pessoas estão acompanhando a situação com apreensão, mas em silêncio. Um comparecimento em massa que resulte em voto pelo "sim" pode motivar outras regiões que buscam independência. Um tendência de secessão no continente ameaçaria a União Europeia e poderia resultar em violência. Mesmo assim, a maioria dos líderes europeus evitou se manifestar publicamente sobre o assunto.
Embora o plebiscito não tenha inspirado grandes manifestações públicas ou campanhas em redes sociais fora da Espanha, gerou uma pequena demonstração na Escócia, onde muitos sonham com a independência.
O silêncio da União Europeia tem sido especialmente evidente porque autoridades catalãs pediram que o bloco mediasse o impasse entre o governo espanhol e o da Catalunha. Em resposta ao pedido, a Comissão Europeia, braço executivo da UE, reiterou que o plebiscito é um assunto interno da Espanha e que respeita a ordem constitucional do país. Autoridades da UE não quiseram se envolver mesmo com a possibilidade de violência após a votação. "Nós vamos, assim como todos, acompanhar os acontecimentos", disse Alexander Winterstein, porta-voz da comissão.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, alienou possíveis apoiadores ao enviar a polícia para impedir a votação. Até agora, nenhum líder europeu se manifestou de forma convicta contra o plebiscito.
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