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Internacional

- Publicada em 28 de Setembro de 2017 às 15:28

Catalunha pede à União Europeia apoio a plebiscito

Em Barcelona, milhares se reúnem em manifestação pelo pleito

Em Barcelona, milhares se reúnem em manifestação pelo pleito


/PAU BARRENA/AFP/JC
A prefeita de Barcelona, Ada Colau, liderou nesta quinta-feira uma ofensiva diplomática para angariar apoio internacional ao plebiscito de independência da Catalunha, previsto para domingo. As manobras surpreendem, pois ela vinha mantendo um discurso contraditório: ora apoiava a consulta, ora se recusava a pôr o aparato municipal à disposição para a votação. Seu próprio partido, o Catalunya en Comù, votou em julho contra a realização do pleito, o que a coloca em conflito com aliados.
A prefeita de Barcelona, Ada Colau, liderou nesta quinta-feira uma ofensiva diplomática para angariar apoio internacional ao plebiscito de independência da Catalunha, previsto para domingo. As manobras surpreendem, pois ela vinha mantendo um discurso contraditório: ora apoiava a consulta, ora se recusava a pôr o aparato municipal à disposição para a votação. Seu próprio partido, o Catalunya en Comù, votou em julho contra a realização do pleito, o que a coloca em conflito com aliados.
Analistas entendem que sua estratégia é evitar atritos, mirando o cargo de presidente catalã e, eventualmente, de premiê da Espanha, posto ocupado hoje pelo conservador Mariano Rajoy. Ela tem também uma relação próxima com o atual presidente catalão, Carles Puigdemont.
Nesta quinta-feira, Ada publicou um artigo no jornal britânico Guardian pedindo a intervenção da Comissão Europeia - braço Executivo da União Europeia (UE) - na disputa entre a Catalunha e o governo central espanhol, sediado em Madri. Ela disse em seu texto que estão em risco "os direitos e liberdades fundamentais" e insistiu na necessidade de um espaço de mediação.
A governante ressaltou que a questão catalã se tornou a crise territorial mais grave da UE - um bloco que viu, em junho de 2016, o Reino Unido votar por sua separação, e onde os escoceses também tentaram ser independentes em 2014. Seu gesto repete o de Puigdemont, que também já apelou à Comissão Europeia.
Raul Romeva, chefe das relações exteriores da Catalunha, também apelou à UE. "Pedimos que as instituições da União Europeia apoiem seus valores e princípios", disse. "Direitos civis estão sendo violados e a qualidade da democracia na Espanha está desgastada."
A mensagem foi reiterada pelo secretário-geral da chancelaria catalã, Alberto Royo. "Esperamos que a comunidade internacional reaja à repressão na Catalunha. É algo que vemos na Turquia, e ali há condenação internacional." A Comissão Europeia, por sua vez, tem mantido silêncio sobre a questão, que ainda enxerga como uma disputa interna.
A Catalunha, uma região com algum grau de autonomia e cuja capital é Barcelona, quer se separar por completo da Espanha, o que motivou o plebiscito de domingo. No entanto, o governo central, em Madri, diz que a consulta é irregular. A lei aprovada por legisladores catalães foi considerada ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.
Defensores da independência, ou ao menos do direito de votar, têm ido às ruas para protestar contra os obstáculos do governo. Nesta quinta-feira, milhares de pessoas se manifestaram em toda a região, 16 mil só em Barcelona.
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