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Internacional

- Publicada em 27 de Setembro de 2017 às 15:11

Polícia da Catalunha se nega a impedir referendo

Embates entre espanhóis a favor e contra a votação já tomam as ruas

Embates entre espanhóis a favor e contra a votação já tomam as ruas


/LLUIS GENE/AFP/JC
Enquanto se aproxima o domingo, data do controverso referendo pela independência catalã, as disputas políticas têm emaranhado as instituições do país, opondo inclusive as diferentes forças policiais entre si. A Catalunha, uma região espanhola já parcialmente independente, quer separar-se por completo da Espanha. O governo central em Madri, porém, diz que o referendo é ilegal e planeja impedi-lo.
Enquanto se aproxima o domingo, data do controverso referendo pela independência catalã, as disputas políticas têm emaranhado as instituições do país, opondo inclusive as diferentes forças policiais entre si. A Catalunha, uma região espanhola já parcialmente independente, quer separar-se por completo da Espanha. O governo central em Madri, porém, diz que o referendo é ilegal e planeja impedi-lo.
Essas posições irreconciliáveis significam que diversos órgãos estão em embate. A desavença mais recente ocorreu entre o Ministério Público (MP) catalão - um corpo independente, mas alinhado ao governo central - e a polícia autônoma catalã, chamada de Mossos d'Esquadra.
O Ministério Público ordenou, na terça-feira, que os Mossos cerquem os colégios eleitorais e impeçam o voto. A polícia catalã, no entanto, respondeu negativamente à ordem.
Pere Soler, diretor dos Mossos, escreveu em sua conta oficial na rede social Twitter: "Que ninguém se equivoque. A principal missão é garantir direitos, e não impedir o seu exercício". Nas ruas, os embates já começaram, com manifestações de ambos os lados.
O conselheiro catalão de Interior, Joaquim Forn, espécie de ministro regional, também desafiou as ordens do MP - conhecido na Espanha como Fiscalía - e afirmou que os Mossos vão permitir o referendo. A situação se complica, porque Madri enviou centenas de membros da Polícia Nacional para a Catalunha para garantir a ordem durante o domingo, em que é previsto algum grau de confronto entre independentistas e as forças de segurança. Também foram deslocadas tropas da Guarda Civil, espécie de polícia com atribuições militares.
O governo catalão diz não poder estimar o número de policiais enviados por Madri, movimento que descreve como "em massa", por não ter sido informado oficialmente. O envio de policiais foi celebrado em diferentes regiões da Espanha. Cidadãos aparecem, em vídeos, incentivando os enviados. "As imagens são inacreditáveis", afirmou Forn. "É como se fossem a uma guerra ou colonizar, e ninguém lhes desautorizou."
O principal argumento para a separação está ligado a razões econômicas: a Catalunha contribui com 20% do PIB espanhol, mas se ressente de não receber um repasse proporcional.
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